segunda dose

Campanha nacional contra o HPV deve imunizar 942 mil meninas em SP

Na primeira etapa de vacinação, a cobertura do público-alvo alcançou 99%

marcelo camargo/arquivo abr

A partir da próxima campanha, poderão ser vacinadas as garotas com idade entre 9 anos e 11 anos

São Paulo – A campanha nacional da segunda dose de vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) ocorre, em São Paulo, em 4,7 mil postos de saúde, das 8h às 17h. A meta é imunizar 942 mil meninas com idade entre 11 e 13 anos, em todo o estado. Segundo a Secretaria de Saúde, na primeira etapa de vacinação, a cobertura do público-alvo alcançou 99%.

Para garantir a eficácia da proteção, as adolescentes terão de tomar três doses do medicamento. O intervalo da primeira para a segunda soma seis meses e, entre a segunda e a terceira, cinco anos. É importante levar a caderneta de vacinação. A partir da próxima campanha, poderão ser vacinadas as garotas com idade entre 9 anos e 11 anos.

De acordo com a secretaria, em um prazo de cinco anos, o Brasil deverá ter autossuficiência na produção da vacina – desenvolvida em parceria do Instituto Butantan com o laboratório farmacêutico MSD.

A diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato, alerta que o vírus causa lesões de pele e mucosas e se não tratado corretamente pode levar ao câncer de colo do útero. “Já a eficácia da vacina a ser aplicada é superior a 95%. Ao alcançar a cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de colo do útero”, conclui.

HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Ele também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde estimam que 290 milhões de mulheres em todo o mundo estejam infectadas.

Rio de Janeiro

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro também iniciou hoje a segunda fase da vacinação em todas as unidades de Atenção Primária, clínicas da Família e centros municipais de Saúde, além de algumas escolas das redes pública municipal e particular do Rio.

De acordo com a coordenadora de imunizações da prefeitura, Nadja Greffe, a terceira dose vai completar a imunização. “Teremos a terceira dose porque o esquema para conferir proteção completa exige três doses, e está prevista para daqui a cinco anos”, disse.

A cobertura da primeira etapa de aplicação da vacina no município do Rio de Janeiro, com quatro meses de duração, atingiu a totalidade da população-alvo, com mais de 135 mil meninas vacinadas. Para ter a imunidade completa, as adolescentes precisam tomar três doses, sendo a segunda com seis meses e a terceira, cinco anos após a primeira. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, às de 9 anos.

Segundo Greffe, a prevenção precoce contra o HPV é muito importante, pois a doença leva a um grande número de óbitos. “Estudos vêm demonstrando que, quanto mais cedo você vacina contra o HPV, melhor a resposta de proteção. Então, de uma maneira bem precoce, se protege pensando em uma mulher futuramente protegida contra o câncer de colo de útero”, explicou.

A vacinação precoce também é importante porque tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não tiveram nenhum contato com o vírus. A vacina protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 respondem por 90% das verrugas anogenitais.

Segundo o Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial da Saúde, o câncer de colo de útero é o terceiro que mais atinge o sexo feminino, alcançando hoje 290 milhões de mulheres e matando anualmente 270 mil. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos da doença por ano e cerca de 4.800 óbitos.

A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.

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