Gripe A: grávidas estão no grupo de risco
Boletim do Ministério da Saúde aponta 56 mortes no país. Grávidas, pessoas com doenças cardíacas e hipertensão arterial são os principais grupos de risco
Publicado 04/08/2009 - 11h05
Segundo boletim do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (31), a Gripe A (H1N1) causou a morte de 56 pessoas no país. De acordo com notificações recebidas pelo órgão até a manhã de 29 de julho, 36 vítimas são mulheres e 9 delas grávidas.
As mortes foram registradas em cinco estados: 27 em São Paulo; 19 no Rio Grande do Sul; cinco no Rio de Janeiro; quatro no Paraná e uma na Paraíba.
Com sintomas similares aos de uma pneumonia, a SRAG foi identificada na China em 2003 e se espalhou pelo leste asiático. Confundida com a gripe aviária, a doença apresenta sintomas como febre, tosse, dificuldade de respiração etc.
No caso da Gripe A, a síndrome ocorre como agravante do quadro.
Clique aqui para ler o informe de 2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que lista as principais características da doença.
O Ministério da Saúde informou que em relação ao número de ocorrências registradas até 24 de julho, a taxa de mortalidade entre os casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) pelo vírus da nova gripe caiu de 12,8% para 10,3% (leia box ao lado).
Gestação e doenças respiratórias crônicas são os principais fatores de risco em pessoas com SRAG tanto em pessoas infectadas pelo vírus da Gripe A como pela gripe comum.
Já doenças cardíacas, hipertensão arterial e a gestação se mostraram os principais fatores de risco entre os pacientes graves com a Gripe A que faleceram.
Quem tem pelo menos um fator de risco tem 3,46 vezes mais risco de óbito. Entre as pessoas com pelo menos um fator de risco, a taxa de mortes foi de 15,09%, enquanto para quem não têm fator de risco foi de 4,36%.
Gripe comum e nova gripe têm a mesma gravidade
No Brasil, entre 25 de abril e 25 de julho, foram informados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ao Ministério 10.623 casos suspeitos de algum tipo de gripe. Do total, 1.958 (18,4%) foram confirmados como Gripe A e 669 (6,3%) como influenza sazonal (gripe comum).
A gravidade dos casos da gripe A e da gripe comum se mantém semelhante (19% para a nova gripe e 18,5% para a gripe comum), o que reforça a indicação de que diagnóstico, tratamento e internação devem ser os mesmos seja no caso de Gripe A ou da gripe comum, destaca o relatório do Ministério da Saúde. Também são semelhantes os principais sintomas apresentados pelos pacientes graves infectados por ambos os grupos de vírus.
Com informações do Ministério da Saúde