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Na Biblitoteca Cora Coralina, Guaianases, o assunto é a mulher

Preços, horários e duração de temporadas são informados pelos responsáveis pelas obras e eventos. É aconselhável confirmar antes de se programar

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Cora feminista

As secretarias municipais de Cultura e de Políticas para as Mulheres inauguraram a primeira sala temática feminista de São Paulo, na Biblioteca Cora Coralina, em Guaianases, na zona leste. Com uma das salas ambientada, a biblioteca oferece um acervo com mais de mil obras para consultas, estudos e pesquisas. Além do acesso ao acervo, a intenção é promover continuamente atividades culturais que discutam a questão de gênero, com sessões de cinema, música, teatro, literatura, rodas de conversa e oficinas. Rua Otelo Augusto Ribeiro, 113, Guaianases, São Paulo. Mais informações: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura.

Antes da fama

Entre novembro e dezembro de 1983, aos 21 anos, Cássia Eller fez registros caseiros de várias músicas das décadas de 1960 e 1970 apenas com voz e violão. Dez canções dessa fase inicial da carreira da cantora recheiam o álbum O Espírito do Som Vol. 1 – Segredo, distribuído pela gravadora Coqueiro Verde Records. O destaque é a música-título, Segredo, de autoria de Luiz Melodia, na qual Cássia encarna com intensidade o “ódio interno marcado/ Guardado/ Fincado, pregado, lacrado” do blues. Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos, Ausência, de Ednardo, Ne Me Quite Pas, de Jacques Brel, Airecillos, de Marlui Miranda, For No One e Happiness is a Warm Gun, dos Beatles, também fazem parte do álbum. R$ 24,90.

Crítica e paixão

Depois de oito anos sem gravar disco de inéditas, o cantor e compositor paraibano Chico César lança Estado de Poesia, álbum em que equilibra doses de paixão e crítica social nas 14 faixas. Em Negão, ele dispara contra o racismo: “Negam que aqui tem preto, negão/ Negam que aqui tem preconceito de cor/ Negam a negritude, essa negação”. Com Reis do Agronegócio, ataca o lobby da “bancada do boi” que faz crescer o latifúndio, o uso dos pesticidas e dos transgênicos, reduzindo cada vez mais as terras indígenas, quilombolas e as reservas. Chico também revisita a Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa, em No Sumaré, sobre como a burguesia do bairro onde mora, na zona oeste de São Paulo, expulsou dois moradores de rua que cuidavam de uma praça. R$ 20, em média.

Belezas

Um ano depois de lançar O Mercado de Notícias, filme que desmistifica a essência do jornalismo, o cineasta gaúcho Jorge Furtado apresenta seu novo filme, Real Beleza, nos cinemas em agosto. A trama conta a história do fotógrafo João (Vladimir Brichta) que, depois de encontrar a modelo ideal (Vitória Strada) numa cidade do Rio Grande do Sul, precisa convencer o pai dela (Francisco Cuoco) a deixá-la seguir carreira. O problema maior é que João acaba se apaixonando por Anita (Adriana Esteves), mãe da moça. O longa-metragem roteirizado pelo próprio Furtado tem direção de fotografia de Alex Semambi, que deu ainda mais cores às paisagens naturais de Garibaldi, Três Coroas e Porto Alegre, onde foi filmado.

Cada um, cada um

O que é ser bonito(a) de verdade? Seguir os padrões de beleza ou se sentir confortável e se assumir? Este é o dilema da Chinelinha, personagem do livro Chinelinhos Brasileiros (Cortez Editora, 24 págs.), da pedagoga Silmara Rascalha Casadei, com ilustrações de Joana Velozo. Trata-se de uma pequena “chinela” de dedo que está em busca do amor perfeito, mas coloca a beleza (própria e dos outros) acima de tudo. Depois de uma decepção, com o intuito de “melhorar” a própria aparência, ela começa a usar artefatos que a deixam desconfortável e descontente. O livro chama a atenção do público infantil sobre os limites do próprio corpo, sobre a importância da autoestima e de não se submeter a padrões de beleza. R$ 28.