Legislativo

Vicentinho elogia união da base governista e condena tática da oposição

Para líder do PT na Câmara, partidos que se opõem ao governo estão recorrendo a grupos neofacistas para tumultuar trabalhos. 'Tem gente que quer que o Brasil quebre, porque aí será bom para a oposição'

Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados/Fotos Públicas

Líder do PT afirma que aprovação protegerá capacidade de investimentos do governo federal

Brasília – Ao repercutir a votação do projeto que flexibiliza o superávit – que está pendente apenas da apreciação de uma única emenda, prevista para a próxima terça-feira (9), o líder do PT na Câmara, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (SP), ressaltou o trabalho das bancadas petista e da base aliada ao longo de 19 horas de sessão. O deputado criticou a postura da oposição, que conforme denunciou, “tentou inviabilizar de todas as formas a votação da matéria, recorrendo ao grupo neofascista Revoltados Online”.

A crítica do líder é uma referência às acusações de que parlamentares do DEM e do PSDB teriam comandado a ida do grupo que tumultuou a sessão da última terça-feira (2) ao Congresso e ao fato de terem negado a iniciativa, dizendo que os convites tinham sido feitos unicamente por meio da internet.

“Quando a base está unida, por mais que a oposição obstrua, a gente finda vencendo”, destacou Vicentinho. E aproveitou para afirmar que se for perguntado a qualquer governador de estado, “mesmo do PSDB e do DEM”, sobre os atos observados nos últimos dias, tais governantes não devem concordar com a postura adotada pela oposição. “No fundo, o que se viu foi uma oposição inconsequente, que torce para as coisas darem errado porque será ruim para o governo. Tem gente que quer que o Brasil quebre, porque aí será bom para a oposição. Tem gente que não quer que o povo melhore de vida, que o país cresça, porque isso é ruim para a oposição. É um jogo pequeno, rasteiro. Não esperamos da oposição esse tipo de atitude”, reclamou.

Contradição

Segundo ele deixou claro, durante o governo FHC, já se utilizou do mesmo instrumento contra o qual a oposição se mobiliza hoje. “Por mais que os parlamentares oposicionistas se contradigam, que esqueçam que eles praticaram uma limitação do superávit em 2001, nós conseguimos o fundamental que foi a aprovação do projeto.” O texto, como ele observa, permitirá a manutenção de programas e medidas governamentais garantidoras do nível de emprego e renda e da qualidade de vida da população. “Foi uma vitória importante e necessária. Todo o programa de investimentos para saúde, educação, para o programa Minha Casa, Minha Vida, está garantido, assim como as desonerações que beneficiaram trabalhadores e empresas de mais de 50 setores da economia estão asseguradas”, frisou.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), programou para a próxima terça-feira (9) a sessão conjunta que votará a etapa final do PLN 36, o que faz mudanças na meta de superávit primário dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Após o encerramento da votação – que depende apenas da apreciação de uma última emenda, apresentada pelos oposicionistas – os parlamentares poderão iniciar a discussão e votação do Orçamento Geral da União (OGU) para 2015, que está atrasada.