Tribunal conclui que Forças Armadas, com Bolsonaro, compraram Viagra superfaturado
O Tribunal de Contas da União (TCU) exige que as Forças Armadas devolvam R$ 27,8 mil aos cofres públicos pela compra indevida do Viagra
Publicado 30/03/2023 - 18h26
São Paulo – As Forças Armadas, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compraram lotes do medicamento Viagra superfaturados, concluiu o Tribunal de Contas da União (TCU). As aquisições foram entre 2020 e 2021. Agora, o TCU pede que a Marinha devolva R$ 27,8 mil aos cofres públicos. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (30). O medicamento tem como utilidade central tratar de disfunção erétil em homens e também hipertensão arterial pulmonar.
À época, as Forças Armadas compraram 35 mil comprimidos do medicamento produzido pela farmacêutica Pfizer. De acordo com o TCU, um dos oito pregões feitos pela Marinha adquiriu cada comprimido de citrato de sildenafila, princípio ativo do medicamento, por R$ 3,65, embora o valor médio no painel de preços do governo federal para o período fosse de R$ 1,81.
A Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas do TCU calculou que o edital da Marinha resultou em prejuízo de R$ 27.820,80 aos cofres públicos. O caso da compra de Viagra pelas Forças Armadas ganhou repercussão em abril do ano passado, quando o deputado Elias Vaz (PSB-GO) revelou o escândalo. Ele também abriu representação no TCU, com o senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
O ministro Weder de Oliveira relatou o processo na Corte. Pela decisão do TCU, o Hospital Naval Marcílio Dias tem 90 dias para devolver o valor.
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Com informações da Agência Brasil