Família e crack viram temas preferenciais nos discursos de Alckmin e secretários

Tradicional

Diogo Moreira/Frame/Folhapress

Tom fraternal está sendo usado desde o início do ano

São Paulo – Secretários estaduais e o próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), têm deixado claro em suas falas o interesse de agradar as famílias paulistas. Em diversas oportunidades desde o começo do ano, representantes do poder público ligados à gestão Alckmin mencionam a família como alvo de suas políticas. Principalmente, aquelas relacionadas a dependentes químicos.

Hoje (9), durante lançamento do Cartão Recomeçar, programa do governo do estado de São Paulo que irá financiar a recuperação de dependentes químicos em comunidades terapêuticas privadas, o governador citou o afloramento de “dramas familiares comoventes” depois da instalação do Plantão Judiciário no Centro de Referência Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod). A medida propunha agilizar decisões judiciais no caso de internações compulsórias para viciados. Para o governador, a política acendeu “uma luz de esperança para muitas famílias”.

Na mesma cerimônia, o secretário de desenvolvimento social, Rodrigo Garcia (PSD), afirmou que será exigido das entidades que prestarão atendimento aos dependentes financiadas pelo cartão “o fortalecimento de vínculo com a família” e o psiquiatra e coordenador do programa, Ronaldo Laranjeira, chegou a se definir como “ativista em defesa das famílias”.

O tom fraternal está sendo atrelado às ações do governo estadual de combate ao crack desde pelo menos o lançamento do Plantão Judiciário no Cratod, no final de janeiro. Na ocasião, a secretária de Justiça, Eloisa Arruda, afirmou que o objetivo principal da aceleração dos procedimentos para realizar internações compulsórias era “atender as famílias”.

A família também é tema de propagandas do PSC. Desde a semana passada, alguns comerciais estão sendo veiculados em todo o país com a frase: “Eu acredito na família. Por isso eu sou PSC 20”. O deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, acusado de racismo e homofobia, aparece nas gravações.

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