Serra diz que proposta de mínimo de R$ 600 não é eleitoreira

O candidato em campanha durante o ‘Dia sem Carro’, no metrô de São Paulo (Foto: Cacalos Garrastazu/ObritoNews) São Paulo – O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta […]

O candidato em campanha durante o ‘Dia sem Carro’, no metrô de São Paulo (Foto: Cacalos Garrastazu/ObritoNews)

São Paulo – O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta quarta-feira (22) que a elevação do salário mínimo para R$ 600 a partir de 2011 não é uma promessa eleitoreira. A questão vem sendo apresentada como uma bandeira do tucano nas últimas semanas. Ele alega que é possível afirmar que há recursos para isso, mesmo antes de ter acesso a dados.

“Se é algo que nós vamos fazer, não é eleitoreiro. É algo que nós vamos fazer eu acho necessário”, afirmou o candidato durante entrevista ao programa Bom Dia Brasil (TV Globo) quando questionado se a elevação do mínimo não seria uma promessa eleitoreira. O candidato disse que financiaria a elevação do salário mínimo com cortes nos cargos de confiança e no que chamou de “cabide de empregos”. Também declarou que cortará “desperdícios” por meio de renegociações de contratos.

“Eu fiz o cálculo, naturalmente com o auxílio de assessores, antes de anunciar qualquer coisa. De modo que é factível que o orçamento comporte essa despesa”, afirmou Serra, sem mencionar números. Serra avalia que a mensagem orçamentária enviada pelo governo federal subestima a receita da Previdência Social, o que daria espaço para um reajuste maior do mínimo.

Atrás da candidata governista Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto, Serra afirmou ainda ser possível reajustar as aposentadorias de quem ganha mais do que o mínimo em 10%. O ponto também é parte de seus programas eleitorais.

Os compromissos passaram a ser apresentados depois que as pesquisas mostraram estabilidade nos percentuais dos candidatos, com projeção de definição em primeiro turno. Antes, em julho, Serra havia declarado em entrevista coletiva que haveria aumento do salário mínimo apenas quando fosse “possível”, descartando qualquer política de longo prazo para o piso nacional.

O candidato também reiterou a promessa de passar a fazer um pagamento extra para os cidadãos atendidos pelo Bolsa Família. A remuneração, análoga a um 13º salário, foi defendida por Serra com alusões à criação do Bolsa Alimentação e do Bolsa Escola, criados no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Serra declarou que não esconde o ex-presidente da República em seu programa eleitoral. “Ninguém mais do que eu tem defendido as coisas boas do governo dele por todas as partes”, alega. O próprio Fernando Henrique criticou a condução da campanha do candidato tucano por não defender sua gestão e ocultá-lo das edições.

Com informações da Reuters

 

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