Legislativo paulistano

Sem quórum, Câmara Municipal de São Paulo não decide sobre feriado na segunda-feira

Em entrevista coletiva no início da tarde, o prefeito Fernando Haddad havia demonstrado otimismo na aprovação da proposta

Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress

Prefeito concedeu entrevista ao lado da vice Nádia Campeão e do secretário Jilmar Tatto

São Paulo – Por falta de quórum, a Câmara Municipal não votou, após seis sessões extraordinárias, uma proposta do prefeito Fernando Haddad de viabilizar, na Câmara Municipal, a autorização para o Executivo decretar feriado na segunda-feira (23). No início da tarde, Haddad, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e a vice-prefeita Nádia Campeão demonstraram otimismo na aprovação da proposta, em coletiva à mídia.

“Hoje cedo, liguei ao presidente da Câmara e pedi a ele que pedisse aos líderes que reconsiderassem a decisão em relação ao projeto de lei sobre a autonomia do Executivo de decretar feriado municipal durante a Copa. Isso foi suprimido da lei aprovada”, disse Haddad.

Na segunda-feira, haverá um jogo em São Paulo pela Copa do Mundo (Holanda x Chile, às 13h, no Itaquerão), a partida do Brasil contra Camarões às 17h e a volta do feriado prolongado. Para Haddad, essa confluência de eventos deve “trazer muito transtorno à cidade”. Ontem (17), a cidade de São Paulo registrou recorde de congestionamento (302 quilômetros), milhares de pessoas ficaram presas no trânsito e perderam parte da partida contra o México.  “Nossa intenção é sancionar hoje um projeto de lei que promova alteração da Lei da Copa Municipal e possamos decretar que segunda-feira será feriado em São Paulo”, acrescentou o prefeito, antes de o Legislativo resolver ignorar a questão.

A lei original proposta pelo Executivo, aprovada em maio, previa que a abertura da Copa do Mundo seria feriado e que a prefeitura pudesse decretar de acordo com interesses pontuais da cidade.

O prefeito foi questionado sobre interesses econômicos, principalmente do comércio, que seriam supostamente contrariados com a decretação de mais um feriado após o dia da abertura do Mundial, dia 12. “Entendemos o posicionamento de atores da cidade que dependem do dia útil para funcionar, mas temos que compreender que a Copa é um megaevento”, ressaltou.

“São Paulo é uma cidade de negócios. Natural que haja preocupação com o mínimo possível de mudança da rotina da cidade, mas é o evento mais importante do planeta em termos de número de turistas e visibilidade”, justificou Haddad. “Por isso, o projeto original previa que, à medida que o Mundial fosse se desenrolando, faríamos, junto ao Comitê Organizador, a avaliação caso a caso. Infelizmente, houve a supressão dessa autorização.”

Segundo ele, o presidente da Câmara, José Américo, havia lhe telefonado dizendo que os vereadores fariam a apreciação da matéria hoje.

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