PT e PMDB chegam a acordo por candidatura de Hélio Costa em MG

BRASÍLIA – PT e PMDB chegaram a um acordo nesta segunda-feira depois de oito meses de impasse sobre qual dos dois lideraria a chapa ao governo de Minas Gerais, segundo […]

BRASÍLIA – PT e PMDB chegaram a um acordo nesta segunda-feira depois de oito meses de impasse sobre qual dos dois lideraria a chapa ao governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país.

Pelo entendimento, o senador Hélio Costa (PMDB) será o candidato ao governo do Estado e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) vai concorrer ao Senado. Costa lidera pesquisa Vox Populi de intenção de voto, à frente do governador e candidato Antonio Anastasia (PSDB). A pesquisa não considerou Pimentel.

A composição em Minas era a última trincheira que faltava para a consolidação da coligação nacional entre os dois partidos, considerada crucial para dar palanque e mais tempo de TV à pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff.

O processo das pré-candidaturas concorrentes em Minas Gerais não foi tranquilo. O PT abre mão da cabeça de chapa e deixa o PMDB de Hélio Costa com muitas dúvidas sobre o real engajamento dos petistas na sua eleição.

“O PT vai estar de corpo e alma na campanha”, garantiu o deputado Reginaldo Lopes, presidente do PT mineiro, que antes de entrar para a reunião que sacramentou Hélio Costa disse a jornalistas estar “com a alma ferida”.

Caberá ao PT indicar o vice na chapa de Costa, o que fará até domingo. O PMDB deseja trazer para vice o ex-ministro Patrus Ananias, que chegou a concorrer internamente para disputar o Palácio da Liberdade, mas acabou derrotado por Pimentel.

“Sabemos que não será uma eleição fácil, mas é uma chapa com condições de eleger um governador, um senador e de dar uma vitória expressiva à candidatura de Dilma em Minas Gerais”, disse José Eduardo Dutra, presidente do PT.

Na semana passada, Dilma chegou a cobrar uma solução imediata para a campanha de Minas Gerais e nesta tarde, antes da reunião que levou ao anúncio, os presidentes do PMDB, deputado Michel Temer, e do PT se reuniram com a ex-ministra.

Desde o começo das negociações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendia que o titular da chapa fosse do PMDB, o que levou à cogitação de que o comando nacional do PT procedesse a uma intervenção no diretório mineiro. “Não teve intervenção. É uma decisão política que passou pelo PT de Minas”, declarou Dutra.

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