PSDB não confirma Gilmar Mendes, mas admite que ele é ‘muito querido’ em MT

Ministro do Supremo Tribunal Federal seria o nome para disputar eleição ao governo estadual contra senador Pedro Taques (PDT), cuja provável candidatura é considerada forte pelos tucanos

Levado ao STF pelo tucano FHC, Mendes pode sair candidato em Mato Grosso pelo PSDB (Foto: Moacyr Lopes Júnior/Folhapress)

São Paulo – As informações segundo as quais o PSDB do Mato Grosso pretende, no ano que vem, filiar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para disputar o governo do estado por enquanto não são confirmadas por lideranças tucanas mato-grossenses. No gabinete do deputado federal Nilson Leitão, presidente do PSDB no estado, sua assessoria informou que ele prefere não falar sobre o assunto no momento e que só sabe da história por meio da mídia. 

Segundo a presidenta do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira, os boatos da filiação “estão muito fortes no estado, principalmente na capital. Algumas lideranças estariam trabalhando para isso”, diz. Ela ressalva, porém, que seria “leviano” afirmar categoricamente que o PSDB está trabalhando de fato pela filiação. “Não tenho detalhes”, explica. O que ela garante é que o ministro “é muito querido” em Mato Grosso. Mendes nasceu em Diamantino, a 208 quilômetros da capital Cuiabá.

A força política do ministro do STF foi responsável por dois mandatos (2001 a 2004 e 2005 a 2008) de seu irmão, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, como prefeito de sua cidade natal. A gestão de Mendes Júnior no Executivo de Diamantino é alvo de denúncias de várias irregularidades, de corrupção e desvio de dinheiro. 

O senador Pedro Taques (PDT), que seria o adversário a ser batido por uma eventual candidatura de Mendes, diz que ouviu a especulação pela imprensa. “Mas não tenho nenhuma objeção. Todos têm o direito de participação politica, o exercício do direito de ser candidato é um direito fundamental do cidadão”, desconversa.

Esta é a segunda candidatura de um ministro do STF aventada em um ano em que a Corte esteve em evidência por conta do julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão. O nome do relator do caso, Joaquim Barbosa, passou a ser cotado por veículos da mídia tradicional como um possível adversário de Dilma Rousseff em 2014 na corrida pelo Palácio do Planalto. Por enquanto, Barbosa não confirma nem desmente a possibilidade. Segundo sondagem Datafolha divulgada na última semana, ele teria hoje 9% das intenções de voto.

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