Prefeito de Osasco não será candidato ao governo paulista

Em carta aberta, Emidio de Souza defende a escolha de candidato 'que expresse o desejo de mudança no estado' e o diálogo 'sem vetos' a todas as forças comprometidos com o governo Lula

São Paulo – O prefeito de Osasco, Emidio de Souza, divulgou nesta sexta-feira (19) carta aberta aos filiados e simpatizantes do PT no estado de São Paulo por meio da qual informa que não será candidato ao governo paulista. “Apesar da minha crença na vitória do nosso projeto em São Paulo e do entusiasmo com que me apliquei nesta empreitada, a conjuntura política tem sua própria dinâmica e saber respeitá-la é prova de sabedoria e maturidade”, diz o prefeito. “Neste momento, a nossa tarefa deve ser arregimentar forças e definir um candidato que expresse o desejo de mudança no estado”, acrescenta, lembrando ainda que os petistas têm “experiência, conhecimento e competência para fazer esta transformação”.

Conforme prevê a legislação eleitoral, o prazo para desincompatilização do cargo – para os candidatos – termina no início de abril, seis meses antes da eleição (3 de outubro). “Há pouco mais de um ano, o povo de Osasco honrou-me com a reeleição para prefeito em primeiro turno. O que me leva a pesar com cautela as alternativas que se vislumbram”, afirma Emidio. “Por outro lado” observa “as discussões nacionais, articuladas à composição de alianças e montagem do palanque estadual, exigem bem mais tempo do que seria necessário”. O prefeito foi eleito em outubro de 2008 com pouco mais de 204 mil votos (53%).

Ele avalia que São Paulo terá papel-chave na disputa pela Presidência da República. “Os demo-tucanos, com base no controle da máquina estadual e da maioria das prefeituras, estão convencidos que vão manter o controle do Palácio dos Bandeirantes e abrir aqui uma ampla vantagem de votos para seu candidato a presidente”, diz. “Entretanto, acredito que temos todas as condições para reverter a situação, a partir do momento em que mostrarmos a ineficiência do PSDB à frente do Estado de São Paulo. Para vencermos e governar, pela primeira vez, o mais importante estado do país, continuo a defender o diálogo, sem vetos, com todas as forças partidárias comprometidas com o governo do presidente Lula.”