Para Dilma, país aprendeu a agilizar projetos

“Sempre digo que aumentamos muito a rapidez com que chegamos ao (projeto no) papel”, diz Dilma(Foto: Financial Times/Reprodução) A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, declarou que o governo […]

“Sempre digo que aumentamos muito a rapidez com que chegamos ao (projeto no) papel”, diz Dilma(Foto: Financial Times/Reprodução)

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, declarou que o governo e a iniciativa privada aprenderam a “pôr os projetos no papel” com mais rapidez, o que permite agilizar a realização de obras. Segundo ela, nos últimos 25 anos, o Brasil teve dificuldades de executar ações de infraestrutura porque faltavam bons projetos.

“Sempre digo que aumentamos muito a rapidez com que chegamos ao papel. Porque se as obras estivessem no papel, estaria ótimo”, disse a Jonathan Wheathley, do Financial Times. “Sou responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), então posso dizer que parte disso (da demora para os projetos saírem do papel) é verdade. O Brasil teve, nos últimos 25 anos, problemas nos investimentos. E aprendemos muito”, garantiu.

Dilma explicou que considera que chegar ao papel é ter o projeto desenhado, licenciado e com relatórios básicos de impacto ambiental. “Nada disso acontecia antes. Então, primeiro, botamos as obras no papel, pôr no projeto, licenciar, e que pudesse ocorrer sem interrupções. Na sequência, você realiza a obra”, explicou.

“Aprendemos nós, governo federal, a iniciativa privada que faz projetos de melhor qualidade com menos problemas. Isso tudo, cria a possibilidade de executar todas as obras no prazo”, disse a ministra.

Governo como parte da solução

Questionada sobre a relação entre a iniciativa privada e a esfera pública, Dilma Rousseff afirmou que há uma relação de cooperação entre os setores. “No passado, diante da crise, o Estado brasileiro deixiou as empresas em situação muito difícil. O governo era parte do problema, e não da solução. Hoje, o governo é parte da solução”, comemorou.

“Temos uma relação mais moderna entre o setor privado e o público”, avaliou. Isso porque, o Estado não constroi estradas, hidrelétricas, nem executa obras de saneamento básico, mas apenas contrata a iniciativa privada. “Em vez de encomendar uma plataforma de US$ 2 bilhões externamente, por que não dar um incentivo para a indústria naval brasileira – empresas que podem até ser estrangeiras, mas instaladas no país – poderem produzir no Brasil?”, exemplificou.

Dilma também falou também dos desafios para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, incluindo financiamento de estádios. O programa de mobilidade em grandes cidades também seria chave para isso. Ela destacou o papel do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento.