Negociação

Pacheco afirma que governo vai reeditar MP sobre tributação da folha de pagamento

No Fórum Econômico Mundial de Davos,Presidente do Senado fala em “construção política”, enquanto Haddad afirma que conversas não foram concluídas

Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado
Presidente do Senado e do Congresso afirma que desoneração será mantida

São Paulo – O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (19), que há um acordo com o governo para editar nova MP sobre a tributação da folha de pagamento. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, as conversas ainda estão em andamento.

Pacheco fez as declarações durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. “A minha preferência foi pela saída através do diálogo e da construção política com o ministro Fernando Haddad e o presidente Lula. Conversei com ambos. E ficou ajustado. E aqui quero dizer: a desoneração da folha — a despeito daqueles que concordem ou não com esse instituto, mas tendo sido uma decisão do Congresso Nacional, através de uma lei decidida pelo Congresso, e com um veto derrubado e por mim promulgada a lei — valerá”, declarou o parlamentar.

Atritos entre os poderes

No final do ano, o governo editou a Medida Provisória (MP) 1.202, sobre a reoneração da folha. Semanas antes, o Congresso havia derrubado veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mantido a desoneração para 17 setores econômicos. A MP provocou atritos entre Executivo e Legislativo. No início da semana, Haddad afirmou que a derrubada do veto representaria custo de R$ 32 bilhões.

Segundo Pacheco, medidas relativas ao “déficit zero”, por exemplo, deverão ser reeditadas. “E há o compromisso do governo federal de reeditar a medida provisória para revogar esta medida provisória na parte que toca à desoneração da folha de pagamentos. Esse é o compromisso político que fizemos”.

Conversa com líderes

Já o ministro afirmou que pretende se reunir com líderes partidários da Câmara e do Senado. Além disso, Lula deverá conversar novamente com Pacheco. “Tentei falar com o presidente Pacheco e não consegui. Agora, pela manhã, depois da fala dele. Mas eu conversei já com o presidente Pacheco, presidente Lula e o presidente Lira (Arthur Lira, da Câmara). Fiz um apanhado do entendimento de cada um sobre como proceder isso, levei à consideração dos dois presidentes das Casas os valores envolvidos e a ideia do governo”, declarou, defendendo a reoneração gradual.

Uma possibilidade é inserir cláusula de contrapartida, sobre manutenção ou criação de empregos. O governo alega que a desoneração não garantiu postos de trabalho.

Com informações dos jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico e do portal g1


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