São Paulo – Convidado para o congresso da CUT, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) foi apresentado pelo presidente da central, Sérgio Nobre, que lembrou da participação do líder do movimento sem-teto e agora parlamentar na defesa de direitos sociais e na luta pela reconquista da democracia no Brasil. Ameaçada, acrescentou, desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, e em especial durante o governo de extrema direita de Bolsonaro.

“Esse companheiro foi decisivo nas mobilizações contra a extrema direita, na campanha do presidente Lula, na vitória histórica que nós tivemos no ano passado e que agora tem um desafio muito grande, que é a conquista da cidade de São Paulo para a classe trabalhadora”, disse Sérgio, no terceiro dia do congresso, neste sábado (21). O deputado é pré-candidato à prefeitura paulistana.

Boulos falou de sua ligação com a central. “É um orgulho estar aqui no congresso da CUT, onde me sinto em casa”, disse. “Atravessamos o deserto juntos, e quando a gente está junto na dificuldade, como nós estivemos contra o golpe, contra a prisão do Lula, pelo fora Temer, pelo fora Bolsonaro, isso salva uma relação que ninguém quebra”, ressaltou o deputado.

O parlamentar do Psol chamou sua relação com a central de parceria. “Sou muito grato à Central Única dos Trabalhadores por essa relação de vida, por essa parceria, por essa caminhada conjunta nesses anos”, pontuou. “Derrotamos o pior presidente da história e devolvemos a presidência a Luiz Inácio Lula da Silva, um dos fundadores desta central, um presidente operário e um companheiro que nos orgulha no processo de reconstrução do Brasil”, enfatizou.

No entanto, Boulos observou que “a vitória que nós tivemos no ano passado não foi completa porque nós derrotamos o Bolsonaro, mas ainda não derrotamos o bolsonarismo, a cultura da extrema-direita”.

O deputado disse também que as conquistas das forças políticas progressistas vão continuar. “Eu tenho certeza que essa mesma militância vai garantir uma grande vitória, não só aqui em São Paulo, mas nas grandes cidades do Brasil no ano que vem, para que a gente possa de uma vez por todas derrotar a extrema direita, fortalecer o governo do Lula, nos preparar para a batalha de 2026 e, acima de tudo, para que a gente possa, também nos municípios, resgatar o direito dos trabalhadores e do nosso povo”, completou.

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Para Boulos, o Concut está debatendo questões fundamentais para o cenário político e social do Brasil, como “a luta das Brigadas Digitais para fazer a disputa nas redes, nossas pautas políticas e históricas, como revisão da reforma trabalhista, a regulamentação do trabalho por aplicativo, o tema da taxa negocial”.

Com reportagem de João Valentino para o Portal da CUT