No Ceará, Dilma diz que metrô nas capitais não é “luxo”

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (27), em Maracanaú, no Ceará, que o Brasil deixou para trás a visão de que metrô é um meio de […]

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (27), em Maracanaú, no Ceará, que o Brasil deixou para trás a visão de que metrô é um meio de transporte voltado aos países ricos. “Isso foi lá nos anos 80, que uma parte das lideranças deste país considerou que ter metrô era um luxo, e nós sabemos que não é assim.”

Ela aponta que é preciso garantir que as populações das grandes cidades tenham transporte rápido e de qualidade, ao mesmo tempo em que existe a necessidade de conduzir obras nos municípios em crescimento para que não apresentem os mesmos problemas de locomoção encontrados nos grandes centros urbanos.

No Ceará, Dilma firmou, ao lado do governador Cid Gomes (PSB), acordo para a construção da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, que terá 12 quilômetros de extensão e fará a integração com a Linha Sul, em fase final de construção, e a Linha Oeste. A construção de túneis e de 13 estações e a compra de 20 trens elétricos foram orçados pelo Ministério das Cidades em R$ 3 bilhões. Do total, R$ 1,6 bilhão vem do Orçamento da União, R$ 800 milhões serão obtidos por financiamento e o governo estadual vai colaborar com R$ 633 milhões. 

Dilma destacou que, acompanhado do crescimento econômico, o Brasil precisa criar uma estrutura de serviços para a população, e o tamanho da capital cearense justifica o metrô, que está sendo construído ou reformado também em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. “O governo federal tem de ajudar os governos estaduais a transformar a vida urbana das médias e grandes cidades”, argumentou.

“Aqui está uma das maiores regiões metropolitanas do nosso país. E isso significa que ela tem de ter uma estrutura de transporte de massa que faça mais do que jus, que vá ao encontro do desejo da população, mas que garanta que Fortaleza ela possa crescer sem ter aqueles problemas que hoje vemos ocorrer nas grandes cidades que cresceram antes no Brasil.”