#lulalivre

Lula para a vigília: ‘Enquanto eles não desistem, eu não desisto também’

Mensagem do ex-presidente foi transmitida pelo frei Luiz Favaron. “Fala para o pessoal falar mais perto do megafone, porque às vezes eu não ouço”, pediu ainda

reprodução facebook

Favaron: mensagem mostra que mobilização é condição para que o ex-presidente possa resistir na luta por liberdade

São Paulo – Mensagem enviada hoje (7) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos integrantes da Vigília Lula Livre, nos arredores da sede da Polícia Federal em Curitiba, dá uma dimensão da importância que essa mobilização adquiriu para a luta política no país. “Avise eles que enquanto eles não desistem, eu não desisto também”, afirmou o ex-presidente, preso desde 7 de abril do ano passado na sede da PF, em um processo da Operação Lava Jato marcado pela perseguição política para tirá-lo das últimas eleições presidenciais.

Quem transmitiu a mensagem foi o Frei Luiz Favaron, militante da reforma agrária e com atuação em Guaíra, no Paraná, depois de visitar o ex-presidente. Favaron foi um dos criadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e conhece Lula desde os tempos em que ele atuava como diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “Olha a missão de vocês aqui…”, disse ainda o religioso, para destacar a importância da vigília que acompanha Lula desde a prisão.

“Fala para o pessoal falar mais perto do megafone, porque às vezes eu não ouço”, pediu também Lula ao padre. Favaron comentou durante entrevista coletiva após a visita que estranhou o fato de a sala onde Lula está preso ficar sempre trancada, o que, segundo comentou, pode ser comparada a uma prisão solitária.

Lula disse ao padre que tem muita saudade dos netos e, inclusive, tem uma neta dele que hoje faz 3 anos. “A gente sente o sofrimento profundo de uma pessoa que é injustiçada. Estou plenamente convencido de que Lula é um preso político. Não acredito em nada que dizem que Lula roubou, absolutamente. Sou plenamente convencido de que Lula é inocente”, disse ainda Favaron. “Ele foi preso porque é um projeto político de calar essa voz”, acrescentou.