São Paulo – Às voltas com dificuldades para aprovar projeto sobre novos corredores de ônibus, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse hoje (17) que a proposta de Plano Diretor Estratégico (PDE) “é o grande legado que a Câmara (Municipal) pode deixar para a cidade”. Durante a posse de seu novo secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique, o prefeito aproveitou para pedir apoio do Legislativo ao relatório que está sendo elaborado pelo vereador Nabil Bonduki (PT). O presidente da Câmara, José Américo (PT), fazia parte da mesa durante a cerimônia de posse do secretário, ex-presidente da CUT.

“Queremos bairros menos densos e distribuição do desenvolvimento por todo o território do município, e não concentrado em cinco subprefeituras, como é hoje”, disse Haddad. Mesmo considerando que o Plano Diretor “não vai mudar a cidade por si só”, o prefeito disse que a proposta do Executivo tem uma feição nova, com instrumentos autoaplicáveis – ou seja, sem necessidade de leis posteriores para regulamentação. “O plano da Marta (a ex-prefeita Marta Suplicy, de 2001 a 2004), por exemplo, ficou sem regulamentação até hoje”, exemplificou.

Para Haddad, o novo PDE “corrige problemas dos anteriores” e atualiza o planejamento estratégico da cidade, que segundo ele está parado no tempo. “O desenho que está em vigor hoje é do Prestes Maia (prefeito entre o final dos anos 1930 e meados dos anos 1940). Acho que estamos presos ainda nos anos 1950. Nossos ícones ainda são dos anos 50.”

O líder do PT na Câmara, Alfredo Alves Cavalcante, o Alfredinho, acredita que a votação possa ocorrer ainda em abril. O texto será apresentado esta semana por Bonduki. “Está se construindo um acordo. Acho que está andando bem.”