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‘Erra quem diz que os jovens não têm militância’, afirma novo secretário do PT

Eleito no último domingo para dirigir a Juventude do PT, Erik Bouzan defende a desmilitarização das polícias contra extermínio da juventude negra e quer os jovens como protagonistas do PT: 'O partido precisa disso'

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Apesar das críticas e problemas, “partidos de esquerda são fundamentais para a luta da juventude brasileira”

São Paulo – Para o novo secretário estadual da Juventude do PT de São Paulo (JPT-SP), Erik Bouzan, o partido precisa dos jovens e os jovens precisam ser protagonistas dentro do partido. Ele foi eleito ontem (8), durante, durante o 3º Congresso Estadual da JPT, em Franco da Rocha, região metropolitana da capital paulista. Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje, Erik afirma que a jovem militância está mais dispersa e descentralizada, mas “erra que fala que a juventude não está organizada”.

A etapa estadual do congresso da JPT teve como tema principal o genocídio da juventude negra, pobre e periférica, e reuniu delegados de todo o estado, com um perfil bastante diversificado, conta Erik Bouzan. Segundo ele, a juventude defende a desmilitarização das polícias e pretende se mobilizar em favor de um novo modelo de segurança pública para o estado. Entre os dias 19 e 22 de novembro, em Brasília, será realizada a etapa nacional do 3º Congresso da JPT.

Como estratégias, a juventude petista defende a adoção de frentes populares, em unidade com os movimentos sociais. Erik advoga também a desburocratização do partido, como “desafio para dar mais organicidade para a juventude”, e a retomada do trabalho de mobilização de base.

Para o novo secretário, o desafio é que a juventude consiga impor uma nova agenda dentro do PT, de modo a representar as novas demandas e anseios desse grupo, principalmente após as grandes mobilizações de jovens ocorridas em junho de 2013.

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Erik Bouzan, secretário-geral da JPT-SP

Erik afirma que o jovem tem “uma avaliação muito crítica com relação à política institucional” e que assume “erros e problemas” que precisam ser corrigidos. Diz ainda que a saída é “ouvir o que a juventude tem a dizer” e quer o partido presente no dia a dia dos jovens.

O papel do partido e da JPT é conseguir dar uma organização maior, dialogar com os diversos grupos que existem hoje na juventude organizada, seja na área cultural, na área da militância, do esporte, e mostrar que, apesar das críticas e dos problemas, ainda hoje, os partidos, principalmente os de esquerda, são fundamentais para a luta da juventude brasileira”, destaca Bouzan.

Ouça a entrevista para a Rádio Brasil Atual:

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