Episódio da Receita beneficia Marina, mostra Datafolha

São Paulo – Análise da pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (11) mostra que, mais uma vez, a importância está nos detalhes. No geral, oscilações dentro da margem de erro: Dilma […]

São Paulo – Análise da pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (11) mostra que, mais uma vez, a importância está nos detalhes. No geral, oscilações dentro da margem de erro: Dilma Rousseff (PT) tem 50% das intenções de votos, 23 pontos à frente de José Serra (PSDB), seguido de Marina Silva (PV), com 11%.

Como o instituto ainda não divulgou a íntegra do material coletado nos dias 8 e 9 de setembro, é possível, por enquanto, analisar apenas os dados abertos. As informações mostram que Dilma Rousseff (PT) perdeu cinco pontos entre os que têm maior escolaridade (37%) e oito pontos entre os de maior renda (32%). Para o Datafolha, uma mostra de que o episódio envolvendo a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a José Serra (PSDB) tem impacto apenas em alguns setores da população.

Ao menos por enquanto, a manutenção da intenção de voto em Dilma na casa dos 50% é explicada pela baixa representatividade quantitativa desses estratos da população e pelo crescimento em cidades e estados antes sob domínio do PSDB. É o caso, por exemplo, de Curitiba, última capital a ser liderada pela candidata de situação, que tem agora 36% das intenções de voto, contra 35% de José Serra (PSDB).

O tucano não é o principal beneficiado pela mudança de votos gerada pelo episódio da Receita. Marina Silva (PV) cresceu quatro pontos em uma semana entre os mais escolarizados e chega agora a 23% da preferência deste eleitorado, maior patamar alcançado pela candidata. Entre os mais ricos, a senadora ganhou seis pontos e foi a 20% das intenções de voto. Somando as duas últimas pesquisas Datafolha, a candidata conquistou oito pontos entre os que têm renda de 5 a 10 salários mínimos, ameaçando a segunda posição de Serra. No Distrito Federal, Marina subiu oito pontos e agora está à frente do tucano. 

A senadora só não cresceu mais no índice geral, em que tem 11% das intenções de votos, porque não vem ganhando votos em setores da sociedade que tenham maior peso quantitativo.