Senado

Congresso terá mais debate político do que ações legislativas, reconhece líder do PT

Para Humberto Costa, avaliação 'retrospectiva' mostra que 'boa parte dos grandes temas foram enfrentados no ano passado', entre os quais o Mais Médicos, e que a realização de Copa e eleições marca 2014

Divulgação/Senado Federal

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São Paulo – A agenda do Congresso em 2014, um ano atípico pela realização da Copa do Mundo e das eleições, “vai ser mais o debate político do que propriamente as ações legislativas”. A opinião é do senador Humberto Costa (PT-PE). Porém, ele não acha que o Parlamento esteja deixando de cumprir seu papel e considera que as matérias mais importantes têm sido “enfrentadas”.

“Se fizermos uma avaliação retrospectiva, boa parte dos grandes temas e das grandes polêmicas foi enfrentada até o ano passado: o Mais Médicos, que teve dificuldade para ser aprovado, a regulamentação da utilização dos recursos do pré-sal, a legislação que trata dos portos e investimentos nessa área”, exemplifica.

Segundo ele, o marco regulatório da internet, o Código Penal e o pacto federativo, “envolvendo alguns temas como o que trata do estabelecimento de um novo indexador da dívida de estados e municípios”, são as questões sobre as quais o Legislativo deve debruçar em 2014.

Sobre o projeto do marco civil da internet (PL 2126/11, apensado ao PL 5403/01), Costa diz que o governo deverá investir na aprovação de uma proposta na linha do relatório que foi apresentado pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), e que enfrenta resistência de parlamentares de várias bancadas e das empresas de telecomunicações.

Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a jornalistas em Brasília que o relatório de Molon “atende àquilo que o governo deseja no tratamento da matéria”. Segundo Cardozo, o projeto dá ao tema uma “regulação equilibrada e democrática”.

Após reunião da bancada do PT, ontem (11), conforme reportagem da Agência Câmara, Molon afirmou que sua proposta é apoiada por partidos da base e da oposição. O PMDB se manifesta contra a chamada neutralidade da rede, segundo a qual provedores de conteúdo e conexão têm de tratar os usuários igualmente e sem privilegiar conteúdos ou aplicativos.

Também haveria divergências sobre a obrigatoriedade de empresas de internet manterem centros de armazenamento de dados de internautas brasileiros, os chamados datacenters. Mas, de acordo com Molon, um acordo poderia permitir a votação do texto sem os datacenters.

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