Dilma anuncia mais cinco integrantes do primeiro escalão do futuro governo

Brasília – A presidenta eleita, Dilma Rousseff, confirmou nesta quarta-feira (15) o nome de mais cinco membros que irão integrar o primeiro escalão do futuro governo. O atual secretário-geral do […]

Brasília – A presidenta eleita, Dilma Rousseff, confirmou nesta quarta-feira (15) o nome de mais cinco membros que irão integrar o primeiro escalão do futuro governo. O atual secretário-geral do Itamaraty, embaixador Antonio Patriota, será o ministro das Relações Exteriores. Nelson Jobim continuará comandando Ministério da Defesa. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, amigo pessoal da presidenta eleita, assumirá o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) será o novo ministro da Ciência e Tecnologia. A vaga de chefe de gabinete da Presidência da República será ocupada pelo geólogo Giles Carriconde, que foi chefe de gabinete de Dilma Rousseff quando ela estava à frente da Casa Civil.

Em nota, a assessoria de Dilma informou que ela orientou os novos auxiliares a trabalhar de forma integrada com os demais setores do governo para cumprir o programa de desenvolvimento com distribuição de renda e estabilidade econômica.

Perfis

Escolhido para chefiar o Ministério de Relações Exteriores (MRE), Patriota foi embaixador do Brasil nos Estados Unidos, de 2007 a 2009. Há dois anos tornou-se secretário-geral do MRE. Ele também ocupou a Subsecretaria-Geral de Política do MRE e a chefia de gabinete do chanceler Amorim.

No exterior ocupou ainda postos importantes, como o comando de missões brasileiras em organismos internacionais em Genebra (Suíça), de 1999 a 2003, e a chefia da representação do Brasil nas Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.

O futuro ministro do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, é natural de Belo Horizonte (MG), formado em economia pela Pontífice Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e mestre em ciências políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Começou sua militância política nos movimentos estudantis de 1968 contra a ditadura militar, viveu na clandestinidade e foi preso em 1970 e solto em 1973.

Como prefeito de Belo Horizonte, sua administração foi marcada pela realização de grandes obras nas áreas urbana e social. Na educação, o destaque é para o Programa Escola Integrada, implantado em 50 escolas da rede municipal. Na saúde, a adoção de mecanismos de acesso às consultas especializadas e a implantação do Centro Metropolitano de Especialidades Médicas tiveram grande repercussão na população de Belo Horizonte. A cidade também se destacou no cenário internacional pela implantação de programas como Orçamento Participativo, urbanização de vilas e favelas (Vila Viva), que são referência para vários países e objeto de estudo em universidades.

Aloizio Mercadante que vai integrar o governo da presidente Dilma Rousseff na pasta de Ciência e Tecnologia  tem uma longa trajetória no partido e 20 anos de vida parlamentar, na Câmara e no Senado Federal. Nas disputas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989 e 2002, participou da elaboração do programa de governo e atuou como um dos principais coordenadores.

No seu primeiro mandato de deputado federal, em 1990, Mercadante foi incumbido de representar o PT em duas comissões parlamentares de inquérito (CPI) que fizeram história: a da Corrupção, que resultou na renúncia à Presidência da República em 2 de outubro de 1992, do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL); e a dos Anões do Orçamento, que apurou denúncias de corrupção praticadas por integrantes da Comissão Mista de Orçamento.

No Senado desde 2002, o futuro ministro de Ciência e Tecnologia tem alguns projetos ligados ao setor em tramitação no Senado. Está pronto para votação em plenário, por exemplo, projeto de lei que leva a internet rápida para 55 mil escolas urbanas e rurais de todo o país. Pela proposta, a execução desta meta seria bancada com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Com informações da Agência Brasil