Poder do agro

De onde vêm as leis que legalizam o roubo de terras e crimes ambientais?

Em uma série de 30 vídeos, o Observatório dos Ruralistas vai mostrar quem está por trás da bancada do agronegócio e como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ataca o ambiente, os povos do campo e a perspectiva de uma alimentação saudável

Christiano Antonucci/Secom-MT
Christiano Antonucci/Secom-MT
O poderoso agronegócio está por trás da regularização da destruição ambiental e da grilagem de terra

São Paulo – Os autores das leis que regularizam o roubo de terras (grilagem) e crimes ambientais no Brasil, que trazem consigo a violência contra populações camponesas, indígenas e tradicionais, ocupam metade dos assentos da Câmara dos Deputados e do Senado. Estão entre os políticos mais ricos do país.

Eles fazem parte do Centrão, que apoia qualquer tipo de governo, inclusive o de Jair Bolsonaro, e daqueles grupos que deram o golpe em 1964, e depois contra Dilma Rousseff, em 2016, alçando Michel Temer e Bolsonaro à Presidência. Votam sempre em bloco, “passando a boiada”. São contra o ambiente, os povos do campo, a reforma agrária, a alimentação saudável para todos.

Esta é a parte do retrato da bancada dos ruralista que o Observatório dos Ruralistas quer detalhar em nuances às vésperas das eleições de 2022. Em uma série de 30 vídeos, o jornalista Alceu Castilho e seus colaboradores vão mostrar quem são os grupos e interesses que estão por trás da bancada do agronegócio e como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) passa com seu trator e depois com a boiada.

Roubo de terras

No primeiro dos 30 vídeos estão informações gerais sobre a bancada ruralista: as principais frentes, as fontes de financiamento, o poder que têm no Congresso.

De acordo com o Observatório, nem todo apoio financeiro à bancada ruralista é tão óbvio e divulgado como se deveria. Por isso, ao longo dos próximos meses, serão feitos vídeos temáticos sobre os projetos de lei (como os da grilagem e licenciamento ambiental), sempre com foco em quem lucra com suas aprovações.

O objetivo é mostrar como essas iniciativas vêm do mercado, nacional e internacional, e não apenas de fazendeiros atrasados, que ainda não teriam compreendido noções de “sustentabilidade”. É o mercado quem banca os projetos de lei na Câmara e no Senado.

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