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Liderança de Lula no ‘Datatoalha’ chama atenção da CNN portuguesa

“Os estabelecimento têm placares onde são anotadas as vendas. Vemos uma vantagem de Lula da Silva”, diz reportagem de telejornal

Reprodução/Twitter
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"Para acabar de vez com as dúvidas, alguns comerciantes decidiram criar uma nova forma de medir as intenções de voto dos brasileiros"

“A diferença entre os principais candidatos à presidência no Brasil é cada vez maior. As sondagens dão clara vantagem ao antigo presidente Lula da Silva. Para acabar de vez com as dúvidas, alguns comerciantes decidiram criar uma nova forma de medir as intenções de voto dos brasileiros. Chama-se ‘Datatoalha’ e funciona através da venda de toalhas”, informa o telejornal da CNN em Portugal.

São Paulo – A popularidade dos candidatos à presidência nas eleições de outubro está sob constante análise de diversos institutos de pesquisa. Ontem (29) o Datafolha divulgou levantamento em que Luiz Inácio Lula da Silva ganharia no primeiro turno com 52,8% dos votos válidos. Mas a vantagem do petista também é alvo de “pesquisas informais” e bem humoradas a partir do “Datatoalha”. A febre das ruas das principais cidades brasileiras ganhou, inclusive, holofotes internacionais.

“Os estabelecimentos têm placares onde são anotadas as vendas e funcionam quase como uma urna. Sempre que alguém compra uma toalha a porcentagem aumenta. Também vemos uma vantagem de Lula da Silva.”

Nas redes sociais, enquanto parte dos internautas cobra maior seriedade do debate político, outros se empolgam com o indicador informal. Debate à parte, os levantamentos das vendas das toalhas mostram um engajamento expressivamente maior do eleitorado petista; assim como as pesquisas de institutos sérios com registros na Justiça Eleitoral.

Pesquisas no mundo

A pesquisa Datafolha sobre a liderança de Lula rendeu repecursão em grandes veículos de imprensa do mundo. A agência internacional Reuters, ao comentar a liderança do petista, citou intenções antidemocráticas de Bolsonaro. “Bolsonaro repete críticas ao sistema eleitoral, o que faz crescer o medo de que ele não reconheça a derrota ou mesmo tente um golpe de Estado”.

Já um dos maiores jornais dos Estados Unidos, Washington Post, divulgou nesta semana artigo sobre as ameaças à democracia brasileira. “De frente para as eleições em outubro, parece que Bolsonaro pode terminar seu governo de forma similar a (Donald) Trump. Bolsonaro segue atrás do ex-presidente Lula com uma margem ampla. Então, há meses, ele essencialmente repete os discursos de Trump, colocando em dúvida a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro e, por extensão, sua democracia”.