Em nova delação na Lava Jato, Cunha é acusado de propina para liberar FGTS
Acusação é do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, em suposto acordo de delação premiada. É o sétimo investigado que acusa o presidente da Câmara de corrupção
Publicado 29/04/2016 - 12h01
247 – Em um suposto acordo de delação premiada, o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto teria confirmado propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS.
Apadrinhado no cargo por Cunha, Cleto negocia acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República) depois de ter sido alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, em dezembro.
Ele seria o sétimo investigado da Operação Lava Jato que acusa Cunha de envolvimento com corrupção.
Segundo reportagem de Aguirre Talento e Marcio Falcão, da Folha de S.Paulo, Cleto confirmou que houve os pagamentos de propina a Cunha relatados pelos delatores da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior.
Eles dizem que Cunha cobrou R$ 52 milhões de propina em troca da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto do Porto Maravilha, do qual a Carioca obteve a concessão em consórcio com as construtoras OAS e Odebrecht.