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Cunha esteve no centro da conspiração que levou Temer ao poder, diz Paulo Teixeira

Para deputado petista Paulo Teixeira, Temer não tem legitimidade para governar pois foi feito presidente pelas mãos de Eduardo Cunha

Antonio Cruz/Agência Brasil

‘As ruas e todas as manifestações demonstram que Temer não dispõe de qualquer aprovação na sociedade brasileira’

São Paulo – Para o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o atual presidente Michel Temer estiveram no centro de uma grande conspiração que culminou com a deposição de Dilma Rousseff, através de um processo fraudulento, que precisa ser revisto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Não podemos aceitar que pessoas que chegaram ao poder pelas mãos de Eduardo Cunha queiram mexer na Constituição, que sintetizou uma série de direitos conquistados pelo povo”, afirma Paulo Teixeira, em entrevista a Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (13).

Para o deputado, é hora de Eduardo Cunha elucidar como funcionava o sistema de corrupção por ele articulado, e que essas revelações podem atingir Temer, a quem classifica como “usurpador”.

“É ‘Fala, Cunha’ e ‘Fora, Temer’. As ruas e todas as manifestações demonstram que Temer não dispõe de qualquer aprovação na sociedade brasileira, e os métodos que ele usou para chegar lá são ilegítimos. A saída do Cunha vai elucidar como funcionou até hoje esse sistema de poder que corroeu os direitos do povo brasileiro”, analisa o deputado.

“Fizeram toda uma campanha como se estivessem lutando pela honestidade e pela probidade. Na verdade, ele (Cunha) era um dos mentores e articuladores desse processo de corrupção”, ressalta Teixeira, que cobra a realização de eleições Diretas Já, para restabelecer a legitimidade do governo, além de uma Constituinte exclusiva que trate da reforma política.

Sobre o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, um dos dez parlamentares que votaram pela absolvição de Eduardo Cunha, Paulo Teixeira afirmou que ele demonstra, mais uma vez, de que lado está: “Sempre esteve na contramão da boa política”.

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