Com Tatto, PT de São Paulo tem três pré-candidatos inscritos para prévias
Movimentação de apoiadores do ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda acreditam em negociação para evitar disputa interna na legenda
Publicado 07/11/2011 - 14h56
Tatto, Haddad e Zarattini estão inscritos para prévias, programadas para dia 27 de novembro (Fotos da esquerda para direita: Brizza Cavalcanti/Ag. Câmara; Antonio Cruz/ABr; e Luiz Xavier/Ag Câmara)
São Paulo – No último dia do prazo, esta segunda-feira (7), o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) tornou-se o terceiro pré-candidato da legenda a se inscrever para o processo de prévias à sucessão municipal. A eleição ocorre apenas em outubro de 2012, mas o partido deve definir qual será o nome indicado até 27 de novembro próximo. Apesar disso, apoiadores do ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda articulam e negociam para evitar a disputa interna.
Além de Tatto, o também deputado Carlos Zarattini e o próprio Haddad já tinham entregado o número de assinaturas de filiados ao PT na capital paulista ao diretório municipal. O trâmite é uma exigência do estatuto partidário para prévias.
Outros partidos
Fora do PT, também há pouca certeza sobre nomes, mas a temporada de especulação está deflagrada. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles migrou para o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, e mudou seu domicílio eleitoral de Goiânia para a capital paulista.
Pelo menos outros dois nomes colocados na corrida filiaram-se há mais tempo. O deputado federal Gabriel Chalita trocou o PSB, pelo qual foi eleito, pelo PMDB, onde conta com o apoio do também ex-socialista e presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
O presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luís Flávio Borges D’Urso, não mantinha vínculo partidário antes de aderir ao PTB. É pré-candidato.
O vereador Netinho de Paula (PCdoB) e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), também se afirmam pré-candidatos.
No PSDB, a divisão se dá entre o secretário de Meio Ambiente do estado, Bruno Covas, e o deputado federal Ricardo Trípoli , que também manifestou desejo de concorrer. Além deles, são citados o senador Aloysio Nunes e o ex-governador José Serra, embora não tenham declarado intenção de postular a candidatura.
Haddad acumula trunfos até o momento. Além de contar com apoios de peso, como o apadrinhamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora, Dilma Rousseff, o senador Eduardo Suplicy anunciou, no domingo (6), seu apoio. Ele era um dos cinco pré-candidatos dispostos a concorrer nas prévias.
Na semana passada, a também senadora Marta Suplicy também retirou sua intenção de disputar, sem declarar apoio a qualquer um dos concorrentes. Ela disse considerar que um processo de prévias poderia promover rachas no partido, comprometendo as chances de sucesso eleitoral.
Tatto e Zarattini têm defendido que os três nomes remanescentes cumprem um mesmo requisito defendido por Lula para apoiar Haddad: são caras novas em disputas majoritárias. Marta e Suplicy são mais conhecidos – e acumulam alguma rejeição entre setores do eleitorado. Mesmo assim, os articuladores do ministro da Educação ainda acreditam que, nos próximos 15 dias, os pedidos de recuo por parte dos deputados devem se intensificar.
Depois de participar de um ato por sua pré-candidatura, Haddad faz nova investida nesta segunda. Ele participa de sabatina organizada pelo vereador Carlos Neder na região central da capital paulista. Tatto e Zarattini já participaram de entrevista semelhante.
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