CNBB: trágica perda de vidas ‘está agravada’ por denúncias de corrupção e prevaricação
Entidade cobra apuração “com consequências para quem quer que seja”
Publicado 09/07/2021 - 15h01
São Paulo – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira (9) nota em que pede “apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja”. As denúncias são as que apontam corrupção e prevaricação no enfrentamento da pandemia, que têm surgido no andamento da CPI da Covid no Senado.
“A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos”, afirma a CNBB. Assim, a entidade aponta a necessidade de “defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade”.
Mais de 530 mil mortes
Ainda de acordo com a entidade da Igreja Católica, a “trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia”. Até ontem (8), foram 530.179 mortes pela covid-19 confirmadas, com quase 19 milhões de casos.
Confira a integra da nota.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.
A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” (CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).
Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB