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Caso Marielle: polícia prende acusado de dar fim ao carro usado no assassinato

Suspeito encontrado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi denunciado pelo Ministério Público em agosto de 2023

Commons Wikimedia/Marcelo Freixo
Commons Wikimedia/Marcelo Freixo
A vereadora e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018

São Paulo – Um homem acusado de ser o dono do desmanche que desmontou o carro usado no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes foi preso na noite de ontem (28). Houve uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).

A PF informou que o suspeito, que não teve a identidade revelada, foi o responsável por desmanchar e descartar as peças do veículo usado pelos assassinos de Marielle e de Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Ele havia sido denunciado pelo MP em agosto de 2023.

De acordo com a denúncia, em 16 de março de 2018, Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, respectivamente atirador e motorista do duplo homicídio, entregaram o carro ao denunciado, em praça situada à Avenida dos Italianos, em Rocha Miranda, zona norte do Rio, após ajuste com Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, partícipe dos crimes.

Sua identificação, segundo o jornal O Globo, foi possível por meio de delação premiada de Élcio Queiroz, um dos acusados pelo assassinato de Marielle e Anderson. O homem foi encontrado na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e levado para a Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro, de onde segue para o sistema prisional.

PF disse que caso poderá ser esclarecido ainda neste trimestre

A elucidação do caso Marielle foi anunciada pelo então ministro Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal em 21 de dezembro, em discurso já em tom de despedida do governo. Na ocasião, ele afirmou que o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista seria esclarecido “em breve”.

Segundo afirmou Dino, “esse é um caso fundamental pelo seu simbolismo de defesa das mulheres, de defesa das mulheres na política, e portanto de defesa da política”. Ele disse ainda que as investigações estavam se aproximando da fase final, após a delação do ex-policial militar Élcio Queiroz, em julho de 2023.

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Redação: Cida de Oliveira