Cada brasileiro tem “um Lulinha” no coração, diz presidente

Em ultimo ato de 1º de Maio à frente da presidência, Lula afirma que sai de cabeça erguida por saber que representou os trabalhadores com dignidade

Lula voltou a São Bernardo no 1º de maio pela primeira vez em oito anos (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

São Bernardo do Campo – O presidente Lula afirmou neste sábado, em seu último ato de 1º de Maio no comando do Planalto, que cada brasileiro tem “um Lulinha no coração”. Em curto discurso durante a comemoração do Dia do Trabalho organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, ele defendeu as conquistas de seu governo e afirmou considerar uma ironia que o único presidente da República sem diploma universitário seja aquele que mais vagas criou no ensino superior.

“Não fizemos isso por mérito meu. (…) No coração de cada mulher e de cada homem tem um Lulinha escondido aí trabalhando muito mais do que eu trabalhei. Portanto, quero agradecer a cada um de vocês”, afirmou.

Lula, que voltava ao ato em São Bernardo pela primeira vez em oito anos, citou também as conquistas dos trabalhadores e do país nos últimos anos, sempre com lembranças à situação anterior a seu governo. A exemplo do discurso feito na comemoração da CUT na capital paulista, ele adotou o tom de despedida e, em meio a muitos aplausos, pediu que se mantenha a linha de conquistas. “Estarei voltando para a (avenida) Prestes Maia junto com minha galega Marisa (…). Volto com a cabeça erguida de quem sabe que orgulhosamente representou a dignidade do trabalhador brasileiro e mostrou que o trabalhador brasileiro é capaz de governar este país”, relatou, finalizando com a mesma frase utilizada nos demais atos do 1º de Maio: “vocês sabem o que cada um tem que fazer.”

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, por sua vez preferiu citações a dados econômicos e as conexões entre esses e a melhoria de vida dos brasileiros. Para a ex-ministra da Casa Civil, Lula estabeleceu as bases para o desenvolvimento do país. “Somos um dos poucos países que temos o que comemorar no 1º de Maio. Um dos poucos que não estão lutando contra o desemprego”, apontou a ministra.

Os discursos dos demais pré-candidatos do PT presentes ao ato foram na mesma linha. A escolha de Lula pela revista Time como um dos líderes mais influentes do mundo foi citada várias vezes, sempre associada ao resgate da autoestima da população e ao orgulho de ser brasileiro.

“Quantos anos esse país perdeu por não acreditar que Lula seria um bom presidente?”, indagou Aloizio Mercadante. O senador, que vai disputar o governo de São Paulo, afirmou que “não é com cassetete e borracha que vamos preparar a futura geração”, uma clara referência à postura adotada pelo ex-governador José Serra durante a greve de professores da rede pública estadual.

No mesmo tom, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy afirmou que “o Bigode (Mercadante) vai fazer tremer o Chuchu (alusão a Geraldo Alckmin, pré-candidato pelo PSDB)”. Indicada para disputar o Senado pelo PT, ela lembrou que pode ser a primeira mulher a ser eleita por São Paulo para o cargo e que o 1º de Maio, embora de muitas conquistas, guarda certa tristeza este ano pela despedida de Lula. “Se o olhar de um operário fez o Brasil dar mais dignidade a seus cidadãos, o olhar Dilma-mulher vai fazer a diferença”, declarou.

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