São Paulo – Segue a indefinição sobre a presença dos principais candidatos à Presidência no debate do próximo domingo (28). O presidente Jair Bolsonaro (PL), disse hoje (26) em entrevista à Jovem Pan que “deve ir” ao debate. O posicionamento, contudo, segue em aberto, porque porque integrantes da cúpula bolsonaristas seriam contra sua presença.

A presença do líder das pesquisas de intenção de voto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também não é certa. Isso, porque Lula só vai se Bolsonaro for. Sem a presença do principal antagonista do petista, ele poderia virar alvo único de ataques, tirando foco do debate propositivo. A informação é do jornalista Kennedy Alencar, do portal UOL.

O Jornal Nacional, da Rede Globo, realiza durante esta semana entrevistas com os principais candidatos ao Planalto. O desempenho de Lula foi considerado excelente mesmo por opositores. A desenvoltura das ideias, a linguagem adequada foram positivos para Lula. No início da entrevista, o jornalista Wiliam Bonner chegou a declarar abertamente o fato de que o petista nada deve à Justiça e de que seu julgamento na Lava Jato fora imparcial. A ideia agora sobre o debate é de não se sujeitar a desgastes desnecessários.

Entrevista do presidente

À Jovem Pan, Bolsonaro disse que “ainda não bateu o martelo”, mas que deve ir ao debate promovido pelo UOL, Folha de S.Paulo, TVs Cultura e Bandeirantes. A TVT também transmitirá o debate. Ele assumiu que deve ser alvo de muitas críticas. “Eu sou um alvo compensador para eles, mas acredito que minha estratégia vai dar certo porque as perguntas… e já me preparei, né? As repostas vão ser simples, no tocante a responder que não devo nada. Então é tranquilo responder essas acusações que fizeram ao longo do tempo nas mídias, em especial, no tocante a covid”, disse.

Além do tema do debate, Bolsonaro rebateu questões fome, miséria e desemprego, e negou que a situação seja crítica. “Alguém vê alguém pedindo pão no caixa da padaria? Você não vê, pô”, disse.

Segundo o Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, feita pela Rede Penssan (Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), 125 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar leve, moderada ou grave no Brasil. Mais de 33 milhões passam fome, com insegurança alimentar grave.