A 12ª edição da corrida de São Pilantra, promovida anualmente pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a fim de escolher as “celebridades” que mais prejudicaram os bancários e a sociedade, será realizada nesta terça-feira (29). A concentração será a partir das 11h em frente à sede da entidade, na rua São Bento, 413, centro da capital.

Cerca de 30 personagens estarão na disputa pelo título. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), com seu aumento astronômico no IPTU, e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), além de José Arruda (DEM), governante do Distrito Federal, estão disputando voto a voto a liderança da São Pilantra, “santo padroeiro das elites do Brasil.”

A paródia da corrida de São Silvestre é promovida pelo sindicato desde 1998 e destaca os que abusaram do poder para prejudicar os bancários e a população. Esta é a primeira vez que percorrerá o Centro Velho de São Paulo, passando pelas ruas São Bento, Da Quitanda, XV de Novembro e Boa Vista. As edições anteriores da corrida aconteceram na Avenida Paulista.

“Os bancários estão participando com vontade, dando seu voto de protesto contra aqueles que consideram ter atrapalhado a vida da categoria e dos cidadãos em 2009”, conta a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.

Concorrência

Além de Serra, Kassab e Arruda, estão no páreo da São Pilantra 2009 os presidentes da Febraban, Fabio Barbosa, da Caixa Federal, Maria Fernanda, do HSBC, Conrado Engel, e os senadores José Sarney (PMDB) e Fernando Collor (PTB), entre outros personagens.

Desde 1998, quando o banco Mercantil foi o grande campeão, muitos São Pilantras foram consagrados. O Unibanco garantiu três “conquistas” (1999, 2000 e 2002), sendo que em 2000 dividiu o título com o juiz Lalau. Em 2001 o vencedor foi Paulinho, presidente da Força Sindical, por sua atuação a favor da flexibilização da CLT. Em 2003, o Banco Real, que demitira 190 pessoas às vésperas do Natal, e 2004 foi a vez de Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, por prejudicar mais de 800 funcionários.

Já em 2006 o prêmio foi dividido entre os ex-governadores Cláudio Lembo e Geraldo Alckmin, pela péssima administração da Nossa Caixa. O vereador Dalton Silvano (PSDB) ganhou em 2007, por querer retirar as portas de segurança das agências bancárias. Em 2008, um tríplice empate no primeiro lugar: José Serra, por vender a Nossa Caixa; o prefeito “Nunkassabe”, pelo veto à lei das portas de segurança; e a presidenta da Caixa Federal, Maria “Ferranda”, por descontar os dias parados na greve daquele ano.