Plano de segurança

Autoridades monitoram grupos bolsonaristas sobre possíveis atos em 8 de janeiro

A Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal monitora redes sociais de grupos bolsonaristas que discutem a possibilidade de protestos no próximo 8 de janeiro

Joedson Alves/Agência Brasil
Joedson Alves/Agência Brasil
O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público Federal (MPF) denunciou 1.413 pessoas pelo 8 de janeiro que completa um ano na próxima segunda-feira

São Paulo – O setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal monitora redes sociais de grupos bolsonaristas que discutem organizam protestos na próxima segunda, 8 de janeiro. A data marca um ano da tentativa fracassada de golpe de Estado, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de 2022, invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília.

Já o governo federal avalia que, por ora, os diálogos não apontam para uma grande mobilização na Esplanada. Mesmo assim, até esta quinta-feira (4) autoridades da área de segurança vão apresentar um plano integrado de ações para garantir a segurança durante a realização do ato proposto no final do ano pelo presidente Lula para celebrar a democracia.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, o evento contará com a presença dos presidentes dos três poderes, bem como de governadores, parlamentares, representantes da sociedade civil, ministros e presidentes de Tribunais de Justiça estaduais e de assembleias legislativas dos estados.

8 de janeiro será festa da democracia

No último dia 26, Cappelli afirmou que o evento será “um ato de celebração democrática, com todas as autoridades do Brasil; e um momento de festa para celebrar a democracia revigorada após os atos inaceitáveis do dia 8 de janeiro de 2023”. Segundo ele, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estarão, até o dia 8, monitorando “qualquer movimentação atípica relacionada a atos que ameacem os poderes”.

“Volto a dizer: o Brasil é um país livre e democrático. As manifestações são sempre bem-vindas e próprias da democracia. O que vamos monitorar são iniciativas que atentem contra os poderes constituídos”, ressaltou Cappelli.

O que foram os atos golpistas

Em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula, bolsonaristas romperam barreiras de proteção e invadiram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Foram causados danos em quadros, bens públicos históricos, além de mobiliário. Uma das Casa mais afetadas foi o STF, que precisou de reconstrução completa.

Ao longo do governo Bolsonaro, o Supremo foi o mais atacado em discursos do ex-presidente, que também mobilizava sues discursos contra os ministros da Corte. Bolsonaro também estimulou a rejeição ao processo eleitoral ao divulgar uma série de mentiras sobre fraudes.

Até o momento o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público Federal (MPF) denunciou 1.413 pessoas. São 1.156 incitadores, 248 executores, oito agentes públicos e um financiador. O STF já condenou 30 pessoas a partir de denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O grupo responde pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

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Com informações da CNN Brasil