Crise

Além de Dilma, Marina quer Temer, Cunha e Renan fora

Para ex-senadora, que está bem colocada em pesquisas de intenção de voto, a solução passa por novas eleições

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Marina: lideranças envolvidas em corrupção querem usar o poder para se esconder das denúncias da Lava Jato

São Paulo – Ao comentar o processo de impeachment, aprovado ontem (17) pela Câmara, a ex-senadora Marina Silva, porta-voz da Rede Sustentabilidade, reafirmou posição pela realização de novas eleições presidenciais. Segundo ela, que se mostra bem posicionada em pesquisas de intenção de voto, o impeachment cumpre formalidade legal, mas “não alcança ainda a finalidade de resolver a grave crise política, econômica, social e ambiental em curso”.

Em nota, Marina afirma que o PMDB, do vice-presidente da República, Michel Temer, é igualmente responsável pela crise. “Também há clareza de que Eduardo Cunha não pode continuar na presidência da Câmara dos Deputados e que Renan Calheiros não pode continuar na presidência do Senado, pois ambos estão profundamente envolvidos nos fatos que vem sendo revelados”, acrescenta.

“Lideranças políticas do Brasil estão envolvidas em corrupção e querem usar o poder para se esconder das denúncias da operação Lava Jato. Embora hoje se digladiem, há bem pouco tempo os mesmos envolvidos estavam juntos e gestaram o caos atual, pela corrupção, pela incompetência, pelas artimanhas políticas”, diz a ex-senador, para quem “a solução passa pela Justiça Eleitoral”, que investiga denúncias de fraude eleitoral. “O TSE precisa ter o sentido de urgência para julgar o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer e convocar novas eleições.”