Oportunidade

Haddad: Brasil e São Paulo irão ‘remar juntos’ para o lado certo

Candidato ao Senado, Márcio França (PSB) destacou “onda positiva” para eleger Lula no primeiro turno

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Em parceria com Lula, Haddad promete fazer em SP "a revolução que esse país precisa"

São Paulo – Em comício no Vale do Anhangabaú neste sábado (20), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, ressaltou que, pela primeira vez na história, o campo progressista lidera, ao mesmo tempo, as disputas ao Palácio do Planalto e ao Palácio dos Bandeirantes. Ele disse que chegou a hora de “acordar do pesadelo e voltar a sonhar”.

“Gostaria que todos vocês imaginassem o que vai ser o Brasil e São Paulo remando juntos para o mesmo lado certo da história”, afirmou o candidato. “Abrindo as portas das universidades para o povo. Abrindo a chefia do governo para as mulheres e para os negros. Valorizando o salário do trabalhador, valorizando o salário mínimo. Parando de cortar direitos. Defendendo o passe do idoso, defendendo o leite do Leve Leite. Defendendo a tolerância religiosa”, listou.

Nesse sentido, afirmou que ele e Lula têm “o melhor time” e os “melhores técnicos” para colocar “devolver o Brasil aos brasileiros”, assim como colocar São Paulo “a serviço do país”. “A serviço da igualdade, da fraternidade e do amor. A serviço da Educação, do Meio Ambiente e da Cultura. E contra as trevas”, disse Haddad. “Chega de trevas no Brasil e em São Paulo”, Ressaltou.

Haddad lembrou a campanha de quatro anos atrás, quando assumiu a candidatura presidencial a três semanas das eleições. Isso porque Lula foi preso injustamente, como forma de impedi-lo de chegar a presidência. “Com tudo o que fizeram contra nós, contra Dilma e Lula, fomos para o segundo turno e demos uma canseira nessa elite. Fizemos 45% dos votos em 2018”, destacou.


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“Vira-voto”

Ele também rememorou da estratégia vira “vira-voto” adotada nas últimas eleições. E apesar de liderar todas as pesquisas, pediu o mesmo empenho, desde já. “A convocação é que a gente não saia mais das ruas, do local de trabalho, dos nossos bairros. E comece a virar voto agora. Não vamos deixar nem para a véspera da eleição, nem para o segundo turno. É falar com nossos companheiros e começar o vira voto já. Banquinha na rua, como fizemos em 2018, mas desde agora.”

O que está em jogo, segundo ele, “é o futuro do país pelos próximos 20 anos”. “Se vamos eleger alguém que tem apreço pelo pior do nosso passado, patriarcal, racista, desigual. Ou alguém que quer construir com vocês o futuro. De mais fraternidade, mais igualdade, de mais tolerância. De mais oportunidade”, disse Haddad, ao lado de Lula no palco do Anhangabaú. E acrescentou: “Você (Lula) vai contar com o governo do estado para fazer a revolução que esse país precisa.”

“Onda positiva”

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Márcio França: “Haddad é a pessoa certa para ajudar o Lula a vencer” (Foto: Cláudia Motta)

O candidato ao Senado pela chapa, Márcio França (PSB), ex-governador do estado, resgatou suas origens. “Eu vim do mar, sou do litoral”, afirmou. Como “caiçara”, disse que “a onda está muito positiva” para a vitória de Lula já no primeiro turno. “Seria muito importante, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Dizer para o mundo que o Brasil vai recusar um governo que realmente não acertou. Um governo que fez tudo o que podia para ser errado”, disse ele em referência ao atual presidente Jair Bolsonaro.

Nesse sentido, ele pediu um esforço concentrado no estado, em função do tamanho do eleitorado paulista. “São muitos milhões de eleitores, 1% aqui faz uma diferença imensa.”

Além disso, ele também ressaltou que é importantíssimo que São Paulo esteja “sintonizado” com o país. “Haddad está preparado. É a pessoa certa para ajudar o Lula a fazer essa conciliação. Precisamos muito disso. Lula lá, Haddad aqui. E Márcio França no Senado, para ajudar os dois”, afirmou. Ele também destacou que a vice de Haddad, sua esposa, Lúcia França, também é educadora. E disse chegou a hora de ter uma mulher no Palácio dos Bandeirantes, o que seria outro fato inédito em 200 anos de história.

Assista ao ato de Lula e Haddad no Anhangabaú

Ricardo Stuckert
(Foto: Ricardo Stuckert)