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Comissão de Ética rejeita denúncia de nepotismo contra filho de Mourão

Psol havia entrado com pedido para que fosse revogada promoção de Antônio Mourão no Banco do Brasil por ferir as diretrizes de contratação na administração pública

Marcelo Camargo/EBC

Para Comissão, promoção não configura nepotismo porque Antônio é concursado há 18 anos e tem os requisitos da vaga

São Paulo – A Comissão de Ética Pública da Presidência da República rejeitou a denúncia movida pelo Psol contra a nomeação de Antônio Mourão, filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, a assessor especial da presidência do Banco do Brasil. A decisão pelo arquivamento, tomada de forma unânime em reunião, ocorreu nesta segunda-feira (21), de acordo com informações do jornal Valor Econômico.

O presidente do Psol, Juliana Medeiros, havia apresentado, logo após o anúncio da promoção de Antônio Mourão, uma representação à Comissão afirmando a decisão como contrária “aos princípios que devem orientar a administração pública”.

À RBA,  o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Wagner Nascimento, e funcionários do BB também mostraram-se indignados com a nomeação que, segundo eles, viola o Código de Ética da instituição financeira e correspondente a nepotismo.

No entanto, na visão do colegiado, a promoção de Antônio Mourão não evidencia a prática de favorecimento político, isso porque segundo o entendimento apresentado, o filho do vice-presidente é concursado há 18 anos e preenche os requisitos para o cargo.

Promovido a executivo do banco, Antônio Mourão passará a receber R$ 36 mil, ante os cerca de R$ 12 mil que recebia pelo cargo de assessor empresarial.