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Lula: por que tanto ódio pela primeira presidente do país?

Ex-presidente participou de ato contra o impeachment em Fortaleza

ricardo stuckert/instituto lula

Lula: ‘Vamos falar para o Cunha e para o Temer: não vai ter golpe!’

247 – O ex-presidente Lula afirmou hoje (2), em ato contra o impeachment e a favor da democracia, em Fortaleza, que os opositores precisam explicar o porquê de tanto ódio contra a primeira presidente do país.

“Será que é ódio porque a empregada doméstica passou a ter direito neste país? Será que é ódio porque filho de pobre, negro, da periferia, passou a fazer faculdade? Será que é ódio porque 22 milhões de empregos foram gerados em 12 anos? Será que o ódio é porque todos os trabalhadores organizados tiveram aumento de salário? Será que é por causa do Fies, do Pronatec, das escolas técnicas, do Minha Casa, Minha Vida, do Bolsa Família e do aumento real do salario mínimo: Eles precisam explicar por que tanto ódio da primeira mulher que preside o país”, afirmou.

Lula rebateu a tese de que o impeachment não é golpe. “Ninguém aqui é contra o impeachment que está na Constituição com base legal, por crime de responsabilidade, mas Dilma não cometeu nenhum crime, nenhuma irregularidade; por isso, defender impeachment hoje é, sim, ser golpista neste país”, disse. “A melhor forma de chegar ao poder é pelo voto; o resto é golpe”, complementou. “Vamos falar para o Cunha e para o Temer: não vai ter golpe!”, provocou.

O ex-presidente afirmou que “eles não querem governar o país para aumentar salário mínimo, nem para para garantir às pessoas mais pobres o direito de subir mais um degrau”. “Eles não aprenderam a dividir os espaços com o povo”, afirmou.

Lula também falou sobre a possibilidade de reassumir a Casa Civil. “Quinta-feira, eu estarei assumindo a Casa Civil, se a Suprema Corte aprovar, para ajudar a presidente Dilma, andar de mãos dadas com ela e com vocês, para criar condições de melhorar a vida do povo”, afirmou. “Nós temos que garantir a governabilidade à Dilma”, frisou.

O ato em favor da democracia ocorre na Praça do Ferreira, no centro da capital cearense, reúne milhares de pessoas que gritavam palavras de ordem contra o golpe e a Rede Globo. Antes da chegada do ex-presidente, o grito mais comum era “Lula, me liga, me chama de querida”.