E o Congresso?

Dilma renova pedido por plebiscito sobre reforma política

Pelo Twitter, presidenta avalia que mudança nas regras é necessária para permitir participação social na vida política e diz, antes de votar em eleições do PT, que tem orgulho do partido

Roberto Stuckert Filho/Planalto

O pedido da presidenta tem esbarrado na resistência do PMDB, principal aliado do PT em termos de números

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (10) pelo Twitter que seja realizada uma reforma política baseada na consulta à população brasileira por meio de plebiscito. “A reforma política deve permitir à sociedade participar de forma efetiva  dos destinos do país”, disse, em uma sequência de mensagens que emitiu antes de participar do Processo de Eleições Diretas (PED) que escolhe o próximo presidente do PT.

Dilma aproveitou a ocasião para recordar que a reforma política é um dos cinco pactos que propôs aos três poderes após as manifestações de junho.“Não existe democracia sem partidos. Ao longo da história, a ideia da política sem partidos esteve sempre ligada à defesa de governos autoritários e elitistas”, disse, sem fazer menção aos esforços do Congresso para, primeiro, enterrar a convocação de um plebiscito e, depois, a validade de mudanças a tempo de que entrassem em vigor nas eleições de 2014.

“Tenho orgulho do PT, um partido nascido das lutas dos trabalhadores e que  governa  olhando para os mais pobres, os mais fracos, os mais necessitados. Assim foi no governo do presidente Lula. Assim é no meu”, concluiu a presidenta.

O PT aproveita o processo de escolha do presidente para angariar assinaturas ao projeto de lei de iniciativa popular pela reforma política. O partido estima que ao longo de todo o dia 800 mil filiados participem do processo. Outra proposta que será apresentada aos votantes é a do projeto de lei de iniciativa popular pela democratização da comunicação.

Este é o quinto processo interno de escolha dos presidentes nacional e estaduais do PT. Pela primeira vez há reserva de vagas para mulheres e para jovens, negros e indígenas. O atual presidente, Rui Falcão, disputa com cinco candidatos: Markus Sokol, Paulo Teixeira, Renato Simões,  Serge Goulart e Valter Pomar.