Em nota

Lula nega críticas à ‘companheira’ Dilma e diz que reportagem é ‘fantasiosa’

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente teria reclamado com petistas da articulação política do governo em torno da proposta de uma constituinte específica para a reforma política

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Na nota, Lula elogia plebiscito defendido pela presidenta, que tem o mérito de “romper o impasse” sobre a reforma política

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou hoje (28) nota classificando de “fantasiosas” e “sem qualquer base real” declarações atribuídas a ele em reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo criticando a condução da presidenta Dilma Rousseff (PT) em relação à proposta de criação de uma constituinte específica para a reforma política.

“Não fiz qualquer crítica nem em público, nem em privado à atuação da presidenta Dilma Rousseff nos recentes episódios. Ao contrário, minha convicção é de que a companheira Dilma vem liderando o governo e o país com grande competência e firmeza, ouvindo a voz das ruas, construindo soluções e abrindo caminhos para que o Brasil avance, nossa democracia se fortaleça e o processo de inclusão social se consolide”, diz o texto.

Lula ainda elogiou a “extraordinária sensibilidade” de Dilma ao propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. “A iniciativa tem o mérito de romper o impasse nessa questão decisiva, que há décadas vem entrando e saindo da agenda nacional, sem lograr mudanças significativas. Ouvindo o povo, nosso sistema político poderá se renovar e aperfeiçoar. É o que se espera dele”, afirma.

Segundo a reportagem da Folha, baseada em fontes não identificadas, o ex-presidente teria reclamado com petistas da articulação política do governo Dilma em torno da proposta de uma constituinte específica para a reforma política, que teria classificado como “barbeiragem”. Lula teria se queixado também da decisão de consultar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sem que antes fossem ouvidos líderes governistas, entre eles o vice Michel temer (PMDB).