Em debate na TV Gazeta, Soninha declara voto em Haddad no 2º turno

Críticas a Celso Russomanno, por ausência de propostas para São Paulo, predominaram durante encontro de ontem à noite

A “revelação” de Soninha é significativa por ser ela notória aliada do candidato tucano (Foto:Divulgação)

São Paulo – Um fato do debate realizado pela TV Gazeta na noite de ontem (24) deu mais um sinal de que a campanha de José Serra (PSDB) vem perdendo força até mesmo entre seus aliados: em três momentos, a candidata Soninha Francine (PPS) declarou que votaria em Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra Celso Russomanno (PRB). “Minha oposição ao PRB é tão grande que no segundo turno, entre ele e Hadadd, eu votaria em Haddad”, disse.  

A “revelação” de Soninha é significativa por ser ela notória aliada do candidato tucano. Seus partidos andam juntos tanto em Brasília, no Congresso Nacional, quanto em São Paulo, na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal.

O tom predominante no debate foi de preocupação com a possibilidade de Russomanno vencer as as eleições mesmo sem ter programa de governo ou estrutura partidária e social para governar a cidade.  

Carlos Giannazi (PSOL) foi quem conseguiu caracterizar Russomanno mais veementemente como um candidato sem propostas e de direita. “Ele é um subproduto do rebaixamento da política brasileira”, afirmou o candidato do PSOL, e chegou a insinuar que o postulante do PRB à prefeitura é financiado por empresários ligados à indústria de armas.

Haddad, Chalita e Giannazi também atacaram em outras frentes e insistiram durante todo o debate na ligação entre Serra e o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Mas o ponto alto foram as críticas sistemáticas a Russomanno, que não respondeu aos questionamentos sobre o vazio de suas propostas com informações consistentes. Nem sobre sua atuação como deputado federal. Por exemplo, acusado por Paulinho da Força (PDT) de votar contra os trabalhadores, negou, dizendo que, ao se posicionar a favor do fator previdenciário, estava ao lado da governabilidade.

Gabriel Chalita (PMDB) preferiu centrar fogo o tempo todo em Serra, a quem acusou de mentir e falsear a realidade: “Uma moradora de Paraisópolis me disse que gostaria de morar na propaganda de Serra”, ironizou o peemedebista.