São Paulo – O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, confirmou nesta terça-feira (31) que é pré-candidato do PSD à prefeitura de São Paulo. A informação foi publicada em seu Twitter e promete esquentar os bastidores das alianças para a disputa municipal deste ano. Tanto o PT – pelo menos alguns setores – como o PSDB vinham flertando com o prefeito Gilberto Kassab, fundador do partido, pelo apoio na campanha.

Afif afirmou ainda que espera contar com o apoio do PSDB. “Aceitei ser pré-candidato a prefeito de SP pelo PSD. Para esse fim, acredito na reedição da aliança que me elegeu vice-governador”, disse o vice-governador. Quatro dias atrás, ele comentou que continuava confiando na reedição da aliança que o elegeu vice-governador, mas não deu pistas sobre a candidatura.

Caso se confirme a aliança de dois anos atrás, desta vez com Afif assumindo a cabeça de chapa, o PSDB teria de rever sua política declarada em relação à eleição municipal. Em meio a um processo de prévias, os tucanos afirmam categoricamente que a disputa democrática ocorrerá em 4 de março, e dali sairá o candidato a prefeito que irá representar o partido.

As prévias já foram defendidas pelo governador Geraldo Alckmin. No entanto, o ex-governador José Serra, desafeto político dentro do PSDB, é favorável à candidatura de Afif. Inicialmente, Kassab era a favor da candidatura de Serra, mas com a negativa do ex-governador a opção de lançar um candidato próprio do PSD ganhou força. Em reunião do diretório municipal realizada na na noite de segunda (30), o prefeito teria recebido carta branca para definir a política de alianças do partido, tanto para apoiar uma candidatura própria de Afif como para negociar com outras legendas.

Já para o PT, a confirmação da candidatura de Afif frustaria aqueles que são a favor de uma aliança com o partido de Kassab, mas também aliviaria os que são contra. Caso do presidente do diretório municipal do partido, vereador Antonio Donato, e grande parte da militância.

A disputa pela aliança com o atual prefeito se dá não pela aprovação política conquistada por Kassab, mal avaliado nas pesquisas, mas pelo apoio da máquina formada pela administração municipal, incluindo as 31 subprefeituras. Quem acompanha as disputas em São Paulo sabe que esse é um fator importante no processo eleitoral.