Zelaya diz que voltará a Honduras após etapa de reconciliação

Tegucigalpa – O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que na quarta-feira (27) deixará seu refúgio na embaixada do Brasil em Tegucigalpa para viajar para a República Dominicana, disse que […]

Tegucigalpa – O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que na quarta-feira (27) deixará seu refúgio na embaixada do Brasil em Tegucigalpa para viajar para a República Dominicana, disse que espera voltar a seu país dentro de um processo de reconciliação após o golpe de Estado.

Zelaya sairá da sede diplomática brasileira assim que o presidente eleito, Porfirio Lobo, assumir o poder na quarta-feira.

O líder deposto retornou há quatro meses, clandestinamente, ao país e se abrigou na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Ele foi tirado de Honduras e levado até a Costa Rica durante a madrugada de 28 de junho.

“Minha ideia é sair e voltar um dia. Não sei quanto tempo vai se passar, mas sim, voltarei ao solo hondurenho”, disse Zelaya à Rádio Globo de Honduras desde a sede diplomática, ainda cercada por militares com ordens de prendê-lo.

Zelaya deixará Honduras como parte de um acordo alcançado na semana passada entre Lobo e o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, para que o presidente deposto e sua família se alojem na nação caribenha após a posse do novo governo.

“Nós esperamos que nos próximos meses, como ofereceu o presidente eleito Lobo Sosa (…), haja um processo de reconciliação nacional”, acrescentou.

Zelaya explicou que sua saída da embaixada será em helicóptero ou em um veículo diplomático, acompanhado por Fernández até o aeroporto de Tegucigalpa.

O mandatário deposto, que irá embora acompanhado de sua mulher, Xiomara Castro, de uma de suas filhas e de seu assessor Rasel Tomé, pediu a seus seguidores que evitem atos de violência na quarta-feira e durante a posse de Lobo.

Com a posse do novo presidente, muitos hondurenhos esperam que a estabilidade política volte, assim como a ajuda internacional de organismos multilaterais, que foi suspensa como mostra de rejeição ao golpe.

Fonte: Reuters

Leia também

Últimas notícias