Síria permite entrada de monitores da ONU após fim de bombardeio

Beirute – Autoridades sírias permitiram que uma equipe de monitores de cessar-fogo da Organização das Nações Unidas (ONU) entrassem na cidade de Homs hoje (21), depois que ativistas da oposição disseram que […]

Beirute – Autoridades sírias permitiram que uma equipe de monitores de cessar-fogo da Organização das Nações Unidas (ONU) entrassem na cidade de Homs hoje (21), depois que ativistas da oposição disseram que os bombardeios e os tiros pararam pela primeira vez em semanas. “Uma equipe de observadores foi enviada a Homs e conheceu o governador,” disse o porta-voz da ONU, Khaled al-Masri. “Eles estão visitando bairros da cidade”.

Mas ativistas em Homs disseram que o bombardeio cessou apenas para fazer parecer que o governo estava cumprindo uma trégua, mediada pelo enviado de paz da ONU Kofi Annan. Eles disseram que bombardeios seriam retomados assim que os monitores fossem embora. Na sexta-feira, dez pessoas foram mortas na terceira maior cidade da Síria e epicentro de uma revolta contra o presidente Bashar al-Assad, após pesado bombardeio das forças governamentais.

As autoridades sírias dizem que estão lutando contra “grupos terroristas armados” e que ainda estão autorizadas a responder atos de agressão para manter a segurança, apesar de ter concordado com um cessar-fogo.

Um vídeo amador postado na Internet na sexta-feira mostrou o bombardeio pesado e explosões em bairros residenciais de Homs. Na quinta-feira, a Síria e as Nações Unidas assinaram um acordo que estabelece as condições de trabalho dos observadores do cessar-fogo. O acordo estipula “acesso irrestrito” e liberdade para os monitores de viajar e contactar as pessoas.

As Nações Unidas estimam que as forças de Assad já mataram mais de 9 mil pessoas no levante. A Síria diz que militantes estrangeiros mataram mais de 2.600 soldados e policiais. O Conselho de Segurança da ONU deve votar um projeto de resolução hoje (21) para autorizar o envio de até 300 observadores militares desarmados para a Síria.

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