OIT: mundo terá mais 2,3 milhões de desempregados, 700 mil no Brasil
Taxa de desemprego cresceu no ano passado, mas abaixo do previsto. Estimativa é que total de pessoas fora do mercado chegou a 196 milhões. Desde a crise financeira global, são 27 milhões a mais
Publicado 20/01/2016 - 16h51
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São Paulo – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o número de desempregados aumentará em 2,3 milhões neste ano e em 1,1 milhão no próximo, atingindo a marca de 200,5 milhões. A projeção consta de relatório divulgado ontem (19) pela entidade. “A maior parte desse crescimento ocorrerá nas economias emergentes”, diz a OIT, citando o Brasil e a China como países que mais contribuirão para o aumento do número de desempregados, com acréscimo, apenas neste ano, de 700 mil e 800 mil, respectivamente.
Assim, apenas nos países emergentes haveria mais 4,8 milhões de desempregados em dois anos. “Parte desse incremento será compensada pela melhora contínua nas economias desenvolvidas, onde se prevê, entre 2016 e 2017, uma queda do desemprego em 1,4 milhão, graças à redução na União Europeia e nos Estados Unidos”, informa a organização.
Dos aproximadamente 197,1 milhões de desempregados no mundo no ano passado (700 mil a mais do que em 2014), 135,3 milhões estavam em países emergentes. Outros 46,7 milhões se concentravam nas chamadas economias avançadas.
Já a taxa média de desemprego global deve se manter em torno de 5,8% este ano, variando para 5,7% em 2017. A estimativa é de que a taxa caia de 6,7% para 6,5% nas economias avançadas e fique em 5,6% nas emergentes, subindo para 6,7% na América Latina e no Caribe – e para 7,7% no Brasil.
O relatório da OIT informa ainda que o contingente de desempregados no mundo cresceu em 27 milhões em relação a 2007, ano anterior ao da crise financeira global.