No 50º aniversário da invasão da Baía dos Porcos, PC cubano discute reformas econômicas

São Paulo – A Revolução Cubana não havia nem completado um ano quando os EUA decidiram empenhar grande esforço para destruir o regime castrista: em março de 1960, o presidente […]

São Paulo – A Revolução Cubana não havia nem completado um ano quando os EUA decidiram empenhar grande esforço para destruir o regime castrista: em março de 1960, o presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower (1953-1961) ordenou que a CIA (Agência Central de Inteligência) treinasse e armasse um grupo paramilitar formado por exilados cubanos para uma invasão armada contra o país caribenho. 

Era o prenúncio de uma das primeiras conspirações contra a Cuba socialista, que culminou na Invasão da Baía dos Porcos. Cinquenta anos depois, os cubanos lembram a derrota dos EUA, uma das datas mais importantes do calendário do país caribenho. O líder da revolução, Fidel Castro, publicou um artigo sobre o tema no site Cuba Debate. 

As comemorações oficiais, marcadas para este sábado (16/04), coincidirão com o início do VI Congresso do Partido Comunista (PCC) — o primeiro em quase 14 anos –, que segue até segunda-feira (19/04). No encontro, devem ser aprovadas as reformas no modelo econômico anunciadas pelo governo de Raúl Castro. 

“Ou consertamos ou vai acabar o tempo de seguir margeando o precipício. Afundaremos os esforços de gerações inteiras”, disse o governante em dezembro, abordando a necessidade de o país seguir um novo rumo econômico e salvar as conquistas da revolução. Raúl fez da economia o eixo central de seu mandato, que conta com constantes apelos à eficiência e economia. 

Alguns tópicos da discussão devem ser a redução em cerca de 20% dos postos de trabalho no funcionalismo público, a abertura para o setor privado de 178 pequenas empresas, a criação de uma rede de cooperativas urbanas, uma maior autonomia das empresas estatais, a descentralização do setor agro-alimentar e o estabelecimento de um sistema fiscal. 

Até 2015, o governo estima que metade dos cinco milhões de funcionários públicos passem a integrar o setor privado. Aqueles que deixarem seus postos serão estimulados a integrar cooperativas de construção ou agrícolas. Em Cuba, 40% das áreas de terras cultiváveis ainda não são utilizadas, apesar da distribuição de terra em usufruto realizada desde 2008. 

O governo ressalta que as alterações na economia vão manter o caráter socialista do regime e que o Estado deve continuar a atender às necessidades da população. Paralelamente à economia, o Congresso deverá eleger também cerca de 100 membros do comitê central, que designarão em seguida o burô político (19 membros) e o secretariado (10). 

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