No quarto dia de protestos no Iêmen, manifestantes pró e contra governo se enfrentam

O presidente do país, Ali Abdullah Saleh, fez concessões, mas manifestações foram retomadas (Foto: Khaled_Abdullah/Reuters) São Paulo – O Iêmen enfrenta, nesta segunda-feira (14), o quarto dia concecutivo de protestos […]

O presidente do país, Ali Abdullah Saleh, fez concessões, mas manifestações foram retomadas (Foto: Khaled_Abdullah/Reuters)

São Paulo – O Iêmen enfrenta, nesta segunda-feira (14), o quarto dia concecutivo de protestos por reformas políticas e pela renúncia do presidente do país, Ali Abdullah Saleh. Ativistas favoráveis e contrários ao governo enfrentaram-se e jogaram pedras uns contra os outros. Os manifestantes se reuniram em frente ao quartel general da divisão de inteligência da polícia.

A polícia se posicionou entre os cerca de 500 ativistas contrários ao governo de Ali Abdullah Saleh e um grupo de cem pessoas a favor do regime que se posicionava do outro lado. Houve manifestações em diferentes cidades do país. Os protestos se estenderam da cidade industrial de Taiz até Sanaa. Os ativistas reivindicam a libertação de dissidentes políticos e dos presos nos últimos protestos.

Analistas entendem que os protestos são inspirados na onda de manifestações no Egito, iniciadas em 25 de janeiro e que levaram à queda do regime de Hosni Mubarak, que governava havia 30 anos.

Pressionado, Saleh fez concessões expressivas, entre elas, a promessa de encerrar seu mandato em 2013. No governo há 32 anos, o presidente adiou uma visita que tinha programado no domingo a Washington, devido à instabilidade no país.

Saleh assumiu depois de um golpe militar em 1978. O mandato presidencial é de sete anos, mas ele tem sido reeleito em todas as votações.

12 países

Os protestos por mudanças políticas atingem 12 países no Norte da África e no Oriente Médio. Egito, Tunísia, Marrocos, Líbia, Mauritânia e Argélia são as nações africanas que vivem a crise política. Arábia Saudita, Iraque, Iêmem, Líbano e Síria, no Oriente Médio, vivem manifestações.

Com informações da Agência Brasil