Nelson Mandela está em estado ‘crítico’, diz Presidência da África do Sul

Internação

Dai Kurokawa/EPA/EFE

Em Soweto, bairro emblemático da capital, pessoas se reuniram hoje para rezar por Mandela

Johannesburgo – O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, hospitalizado desde o último dia 8 por conta de uma infecção pulmonar, está em estado “crítico”, informou hoje (23) a Presidência da África do Sul. “O estado do ex-presidente Nelson Mandela, que ainda está em um hospital em Pretória, passou a ser crítico”, afirmou o porta-voz da Presidência, Mac Maharaj, em comunicado.

Maharaj disse que o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, que hoje visitou Mandela no hospital em Pretória onde o ex-líder está internado, foi informado pelos médicos sobre a piora do estado de saúde de Mandela ao longo do último dia.

Segundo o porta-voz presidencial, a equipe médica que atende Mandela, de 94 anos, comunicou Zuma de que o “estado do ex-presidente tinha voltado a ser crítico nas últimas 24 horas”. “Os médicos estão fazendo todo o possível para melhorar seu estado e afirmam que Mandela está bem cuidado e se encontra bem acomodado”, disse Zuma, através de um comunicado presidencial.

“Mandela está em boas mãos”, apontou o chefe de Estado sul-africano. Além disso, Zuma pediu aos sul-africanos que rezem por Mandela e pela equipe médica que cuida do ex-presidente.

Neste semana, Ndaba Mandela, neto do herói sul-africano, afirmou que seu avô poderia ter alta “em breve”, enquanto Zenani Mandela, filha do ícone global, indicou que seu pai se recuperava “muito bem”. Desde dezembro, Mandela foi hospitalizado em quatro ocasiões.

Nelson Mandela passou 27 anos nas prisões do “apartheid” por sua luta contra o regime racista imposto pela minoria branca até 1994. O também prêmio Nobel da Paz de 1993 foi eleito, um ano depois, o primeiro presidente negro da África do Sul nas primeiras eleições nas quais todos os cidadãos puderam votar sem distinção de raça.

Sua luta e sua aposta pela reconciliação nacional e uma transição pacífica, conseguidas após quatro décadas de domínio racista branco, o fez ser reconhecido e admirado no mundo todo.