São Paulo – Na mais importante e esperada reunião bilateral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no contexto da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o chefe do governo brasileiro encontrou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Juntos, eles anunciaram a “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras”, para a promoção dos direitos dos trabalhadores em todo o mundo.

O objetivo é enfrentar questões relativas à precarização do mercado de trabalho global, invadido por multinacionais que precarizam as relações trabalhistas cada vez mais. Para Biden, o tema é fundamental na luta pela reeleição em 2024, já que sua popularidade está em baixa junto aos trabalhadores.

“É um momento histórico exemplar. Quando olhamos a geopolítica, percebemos que as oportunidades estão se fechando, as democracias cada vez mais correm perigo. A negação da política tem feito com que extremistas tentem ocupar o espaço. Já aconteceu no Brasil, está acontecendo na Argentina”, disse Lula ao presidente americano.

Lula elogiou o compromisso de Biden com os trabalhadores. “Eu acompanhei seu discurso de posse e depois outros discursos seus e eu nunca tinha visto outro presidente americano falar tanto e tão bem dos trabalhadores quanto o senhor falou”, declarou Lula ao colega.

“De baixo para cima”, diz Biden

“Estamos tentando fazer coisas na economia de baixo para cima e não de cima para baixo”, afirmou Biden. “A classe trabalhadora terá uma chance de ascender e os ricos também seguirão bem, enquanto pagarem seus impostos, é claro”, acrescentou. O democrata reafirmou estar ansioso para trabalhar ao lado de Lula, como havia dito quando o petista foi eleito em 2022.

Lula disse estar sempre tentando “convencer as pessoas ricas que quanto menos pobres existirem na humanidade, melhor ainda será para os ricos”. “A pobreza e a desigualdade não interessam a ninguém”, emendou.

“Esse é um fato, quando os trabalhadores organizados estão inclusos e são participativos, todos vão melhor. O país inteiro se beneficia”, disse Biden.

O presidente brasileiro afirmou acreditar no futuro das relações entre os dois países. “Espero que a relação Estados Unidos e Brasil seja aperfeiçoada e que a gente se trate e se comporte como amigos em busca de um objetivo comum: desenvolvimento e melhoria de vida do povo.”

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