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Lula comenta rebelião na Rússia e a volta das relações com França e Itália

“Eu não posso comentar uma coisa que eu não li”, disse o presidente brasileiro sobre a crise militar que envolveu o líder russo Vladimir Putin

Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR
“A ONU de 1945 não representa mais a ONU de 2023", disse Lula ainda em Paris

São Paulo – Depois de uma agenda intensa na Itália e na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está voando de volta para o Brasil. Ele deve desembarcar no aeroporto internacional de Brasília às 17h40, e seguir para o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. Antes de embarcar, o presidente fez um balanço de sua viagem a jornalistas e foi questionado sobre sua opinião a respeito da tentativa de rebelião promovida na Rússia pelo grupo Wagner.

“Quem sabe quando eu voltar para o Brasil, no dia seguinte eu já tenha todas as informações possíveis, porque eu vou conversar com muita gente a respeito dessa chamada ‘rebelião’”, disse. “Eu só não posso comentar uma coisa que eu não li”, acrescentou.

Sobre a passagem pela Itália, comentou que havia mais de seis anos que os dois países “não tinham relação, mesmo com mais de 30 milhões de descendentes no Brasil”. A respeito da França, o encontro foi importante “para discutir um novo pacto econômico e a questão do clima”.

O almoço com o presidente Emmanuel Macron, segundo Lula, teve como ponto principal o acordo União Europeia e Mercosul. “Nós sabemos qual a questão que eles tem, eles sabem a nossa. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e espero que tenhamos capacidade e sabedoria de resolver esse assunto”, afirmou. Ele destacou ainda que na França encontrou representantes de governos africanos.

COP nos Emirados Árabes

O chefe de governo brasileiro lembrou a realização da COP nos Emirados Árabes, que será realizada no final do ano. “Muitas vezes as coisas que são aprovadas internacionalmente não são aprovadas nos congressos nacionais dos países. Um exemplo é o Acordo de Paris”, disse. Na opinião dele, esse pode ter sido “um dos melhores já feitos na questão ambiental”, mas lamentou que talvez não seja “efetivo, porque não há quem faça a cobrança”.

Lula voltou a falar sobre a necessidade de uma reforma na estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), como tem feito em todos os fóruns de que tem participado. “A ONU de 1945 não representa mais a ONU de 2023″, disse.

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