Vidas ceifadas

Israel prepara ataque em Rafah, último refúgio civil de palestinos em Gaza

Massacre do governo israelense sobre palestinos em Gaza está perto de sua investida final. Mesmo com cessar-fogo aprovado pela ONU, não há respeito

CBS/reprodução
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"Essa vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas de lá. Isso acontecerá. Há uma data", afirma Netanyahu

São Paulo – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse hoje (8) que já tem data para invadir Rafah. A cidade palestina na Faixa de Gaza é o último refúgio de milhões de civis, encurralados pelo massacre das forças sionistas. O exército israelense já soma mais de 33 mil vítimas palestinas, mais de 60% delas mulheres e crianças, ampla maioria civis.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou há duas semanas um cessar-fogo na região. Contudo, Israel demonstra não respeitar tratados internacionais. Enquanto o mundo assiste apreensivo ao que a própria ONU já chamou de genocídio, palestinos morrem diariamente por uma chuva de bombas, fome e ausência de recursos básicos.

Não há sistema de saúde funcional em Gaza. Hospitais, escolas e abrigos estão entre os alvos favoritos dos sionistas de extrema direita comandados por Netanyahu. Então, enquanto isso, a frágil organização palestina não consegue negociar ou pressionar pelo fim dos ataques. O grupo armado Hamas, pivô do início dos ataques com o atentado de outubro do ano passado, afirma ter demandas ignoradas.

“Não há mudança na posição da ocupação de Israel e, portanto, não há nada de novo nas negociações”, disse uma fonte ligada ao Hamas à agência internacional Reuters. Existe, no momento, uma mesa de negociações em andamento no Cairo. Além de representantes palestinos e israelenses, também há a presença do diretor da inteligência norte-americana, William Burns, da CIA.

Netanyahu, por sua vez, confirmou que não há avanços e que sua posição é de avanço impiedoso sobre a Palestina. “Essa vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas de lá. Isso acontecerá. Há uma data”, disse, sem dar mais detalhes.

Expulsão em Gaza

Israel destruiu toda a parte Norte de Gaza, e expulsou mais de 1,4 milhão de palestinos para Rafah e Khan Younis, no Sul. Contudo, com a presença massiva de civis, o governo Netanyahu ampliou os ataques aéreos nas regiões de refúgio. Agora, há um êxodo de palestinos tentando retornar para as áreas devastadas, ainda que isso represente um grande risco, devido à destruição completa das estruturas e presença de bombas que ainda podem explodir.

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