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Flávio Aguiar: acordo nuclear histórico entre potências e o Irã

Correspondente na Europa comenta os resultados que encerram um tenso imblóglio que se arrastava há décadas

reprodução/tvt

São Paulo – O Irã admitirá as limitações propostas pelas demais potências mundiais ao seu programa nuclear. Em troca, serão retiradas as sansões internacionais que impunham dificuldades às políticas econômica e externa do país. O acordo foi anunciado ontem (14) – mesma data em que a Europa lembra a Revolução Francesa – em Viena, em encontro entre representantes do governo iraniano e de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Rússia, China e União Europeia.

O acorde prevê a redução do processo de enriquecimento de urânio em até dois terços do volume projetado pelo Irã, que não haverá centrífugas subterrâneas e que o estoque do mineral enriquecido será reduzido a 300 quilos (diminuição de 96%). As instalações serão abertas à inspeção das Nações Unidas, para comprovação de que não se produz material bélico. Feita a constatação, os países que assinam o acordo levantarão as sansões econômicas que impedem a movimentação de bilhões de dólares em recursos do país do Oriente Médio retidos em bancos internacionais.

Ante uma possível resistência do Partido Republicano nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama respondeu com uma mensagem pela TV, transmitida inclusive aos iranianos, anunciando que vetará qualquer medida de oposição ao acordo que o Congresso eventualmente possa tentar impor.

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